sexta-feira, 25 de maio de 2012

TRABALHADOR RURAL

Neste dia nacional
ao Trabalhador Rural
oferecemos a homenagem
através dessa mensagem.
Tudo que chega a nossa mesa
provém de nossa natureza.
Mas a sua transformação
tem a ver com a sua ação.
Desde o preparo da terra
o seu trabalho encerra
toda sua dedicação.
Na pecuária ou agricultura
mesmo sem muita estrutura
ele garante a produção.
Parabéns a todos os Trabalhadores Rurais, vocês que são responsáveis pela
coisa mais preciosa de nossa vida " A COMIDA NOSSA DE CADA DIA "

sábado, 5 de maio de 2012


Empresa apresenta nova tecnologia para adubação com potássio

Pesquisadores brasileiros conhecerão o composto que promete reduzir em dez vezes a salinização do solo

por Globo Rural On-line


  shutterstock
Nova tecnologia pode ser aplicada em vários tipos de lavouras, prometendo reduzir os prejuízos
Apesar de o cloreto de potássio responder por mais de 90% do tipo de potássio utilizado na adubação do solo na produção agrícola no Brasil, o composto ainda provoca altas taxas de salinização e lixiviação. Prometendo reduzir os prejuízos dos produtores com a utilização do produto, a TIMAC Agro, empresa do grupo francês Roullier, vai apresentar, na próxima semana, uma nova tecnologia a mais de 100 pesquisadores de todo o País antes de lançá-la no mercado.

Criada com a participação de 150 pesquisadores do Centro de Pesquisa da empresa na Europa, a tecnologia promete diminuir em até dez vezes o processo de salinização do solo e em até 35% a perda de nutrientes com a lixiviação.

Nos dias 7 e 8 de maio, o novo conceito do potássio será apresentado pelo pesquisador do Centro Internacional de Pesquisa Animal e Vegetal (Cipav), da Espanha, José Maria Garcia Mina, a mais de 100 pesquisadores brasileiros em Curitiba (PR) antes de ser disponibilizado para comercialização. A tecnologia estará presente no mercado a partir do segundo semestre deste ano, por meio do produto chamado Aktis (nomenclatura provisória). O fertilizante é indicado para qualquer cultura e pode ser aplicado na linha de plantio ou em cobertura.

De acordo com o gerente nacional de desenvolvimento de produto da TIMAC Agro, Giancarlo Valduga, apesar da crescente demanda por cloreto de potássio na produção agrícola brasileira, não existem trabalhos desenvolvidos no Brasil para o melhoramento do composto químico. “O potássio é um elemento que, aqui no Brasil, não houve evolução desde a sua criação, na Revolução Verde”, afirma o engenheiro agrônomo.
ária »

Diarréia Viral Bovina

Por Débora Carvalho Meldau
A Diarréia Viral Bovina (BVDV – Bovine Viral Diarrhea Virus) é uma doença causada por um vírus RNA membro do gênero Pestivirus da família Flaviridae. Ataca bovinos e outros ruminantes, causando grandes prejuízos econômicos no rebanho. O Pestivírus é caracterizado pela existência de dois biótipos: citopático (CP) e não citopático (NCP). Esta diferença está relacionada com a replicação viral em cultivo celular. O biótipo NCP é mais comumente isolado do que o biótipo CP, sendo que este resulta da mutação do biótipo NCP. Ambos são classificados em dois genótipos: BVDV-1 e BVDV-2. Após algumas pesquisas, foi observado que as amostras brasileiras deste vírus possuem características genéticas e antigênicas distintas das cepas americanas. Essa diferença antigênica e genética pode representar implicações práticas para o diagnóstico e controle da enfermidade. Quando ocorre transmissão transplacentária da cepa NCP antes que o feto desenvolva sua competência imunológica (até 120 dias de gestação), pode resultar em um animal persistentemente infectado (PI), ou seja, um animal apresente uma infecção por este vírus por toda a sua vida.
A infecção por este vírus pode manifestar-se de diversas maneiras:
  • Sub-clínica: a maior parte das infecções com o BVDV (cerca 70 a 90%), não apresentam sinais clínicos (febre discreta, leucopenia, produção de anticorpos neutralizantes).
  • Aguda: os animais que apresentam esta forma são os imunocompetentes não PI com idade entre 6 a 24 meses, com um período de incubação de 5 a 7 dias, apresentando febre, anorexia, descarga óculo-nasal, erosões e ulcerações na mucosa oral e diarréia.
  • Aguda severa: neste caso há a ocorrência de um alto número de mortes súbitas em todas as categorias, penumonia, febre e abortos (10 a 20%).
  • Síndrome hemorrágica: trombocitopenia, diarréia sanguinolenta, hemorragia na superfície das mucosas, febre, leucopenia e morte.
  • Doença das mucosas (DM): tem manifestação esporádica, afetando menos de 5% do rebanho; tem um período de incubação de 10 a 14 dias após a exposição à cepa CP. Os sinais apresentados são febre bifásica, anorexia, taquicardia, polipnéia (respiração ofegante), queda na produção e diarréia profusa, podendo ser sanguinolenta e fétida; as papilas orais podem apresentar aspecto rombo, e podem surgir erosões na língua, palato, superfícies bucais e faringe. Podem também apresentar lesões no espaço interdigital, tetos e vulva e também dermatite generalizada.
Sempre que houver perdas embrionárias, malformações, abortos, nascimento de animais fracos e morte perinatal, pode haver a suspeita de infecção pelo vírus da BVDV, assim como em casos de doenças entéricas e/ou respiratória com componentes hemorrágicos, além de ulcerações. Para realizar um diagnóstico conclusivo, o material de eleição é o sangue com anticoagulante (para detecção de animais PI e com infecção aguda), soro (pareado, de preferência), órgãos (baço, intestino, linfonodos, pulmão e intestino), feto e envoltórios fetais, assim como órgãos e tecidos com lesões macroscópicas. Para que seja realizado o isolamento do vírus, o material (órgãos e tecidos) deve ser encaminhado sob refrigeração, já os fragmentos de tecidos com lesões, devem ser conservados em formalina à 10%. O teste padrão realizado é o isolamento do agente em cultivos celulares e em seguida, identificação por imunofluorescência.
O controle e profilaxia desta infecção são baseados na detecção e eliminação de bovinos PI e no controle da entrada de animais e sêmen, além da vacinação que é opcional. As vacinas usadas no Brasil são todas inativadas, com adjuvante oleoso ou hidróxido de alumínio. A vacinação é recomendada para rebanhos com alta rotatividade de animais, rebanho com sorologia positiva, com histórico de doença clínica ou reprodutiva, para propriedade de terminação de novilhos e rebanhos leiteiros com constante entrada de animais
Publicado em 04/05/2012
Redução de 30% na aplicação de defensivos e alta produtividade são atrativos para os produtores. Menor tempo de cozimento e grãos graúdos agradam os consumidores


Da Redação *

A dona de casa quer feijão com grãos graúdos, claros, com caldo espesso, mais nutritivo e que cozinhe mais rápido. O agricultor procura por variedades mais produtivas, resistentes a doenças, precoces e com alta qualidade de grãos. O Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, apresenta pela primeira vez ao público, o IAC Imperador, nova variedade de feijão com características que agradam os consumidores e os produtores rurais. O novo feijão é precoce, com ciclo de 75 dias, e com alta qualidade de grãos. O IAC Imperador é resistênte as principais doenças da cultura, reduzindo em até 30% a aplicação de defensivos e baixo tempo de cozimento.

O IAC Imperador tem ciclo precoce de 75 dias, enquanto que as variedades tradicionais presentes no mercado, em geral, apresentam ciclo de 85 a 95 dias para serem colhidas. Os produtores rurais tem interesse em variedades de feijão com ciclo precoce por conseguirem retorno financeiro mais rápido e intercalar o cultivo da leguminosa com milho e soja, por exemplo. Com essa característica o produtor pode ainda produzir três vezes no ano, nas épocas da seca em fevereiro, de inverno, em maio, e das águas, em setembro. "No Estado do Paraná, estão sendo muito procuradas variedades precoces de feijoeiro", afirma Alisson Fernando Chiorato, pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O Paraná é hoje o Estado que mais produz feijão no Brasil.

De acordo com Chiorato, o problema é que as variedades de feijão precoce existentes no mercado têm problemas de aspecto visual do grão por não apresentarem tamanho e coloração desejados pela indústria empacotadora. O IAC Imperador será algo novo no mercado, pois todas as variedades precoces não apresentam a mesma qualidade de grão quando comparadas as principais cultivares de ciclo normal. O IAC Imperador é uma ótima opção aos produtores?, afirma o pesquisador. A variedade desenvolvida pelo Instituto Agronômico apresenta peneiras de tamanho 12 a 13. Resistente a antracnose e tolerante à murcha de fusarium, principais doenças da cultura, o IAC Imperador tem redução em até 30% na aplicação de defensivos agrícolas.

Para os produtores rurais, o novo feijão tem produtividade média de 2.266 kg, sendo semelhante as outras variedades em uso. "Para atingir esse patamar, o agricultor deverá trabalhar com adubação correta, semeadura dentro do zoneamento agrícola da variedade e colheita fora dos períodos chuvosos. Altas produtividades são resultado de boa qualidade do ambiente do cultivo", explica Chiorato.

Na panela de pressão, o IAC Imperador fica pronto em aproximadamente 20 minutos, apresentando grãos claros e inteiros no final do cozimento. "Geralmente os feijões cozinham entre 25 a 30 minutos. A variedade do IAC cozinha em menor tempo por conta da alta qualidade tecnológica nela empregada", diz Chiorato. O valor protéico da variedade chega a 21%, menos apenas que a variedade de feijão IAC Formoso, que tem de 23% a 24% de proteína.

Por ser uma planta de porte ereto a colheita mecanizada é facilitada, fazendo com que a máquina corte rente ao solo, o que evita desperdício de produção. Segundo Chiorato, o Brasil colhe hoje de 70% a 80% de seus feijões com o uso de máquinas.

O pesquisador do IAC prevê que até o final de 2012, na safra das águas, e para o começo da safra da seca de 2013, os produtores rurais poderão ter acesso às sementes do IAC Imperador. O plantio do material é recomendado para os Estado de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, principais regiões produtoras de feijão do País.

Feijão IAC Formoso

Outro material exposto pelo Instituto é o IAC Formoso, variedade resistente a três das doenças mais comuns que atacam o feijoeiro: a antracnose, mancha-angular e ao fusarium solani. Com essa característica o produtor consegue reduzir em até 30% a aplicação de defensivos agrícolas, diminuindo, na mesma proporção, os custos de produção.

A variedade exposta pelo IAC tem ainda potencial produtivo de 4.025 kg/ha, dependendo das práticas de manejo, como adubação de solo, irrigação e controle efetivo de pragas e doenças. O IAC Formoso possui alto valor protéico e cozimento de 20 minutos na panela de pressão. Seu cultivo é recomendado para São Paulo, Paraná, Santa Catarina e, recentemente, para o Nordeste.         
        
* Com informações da Assessoria do IAC