sexta-feira, 14 de janeiro de 2011


Comércio do Rio fica sem verduras e legumes produzidos na Região Serrana

A dona de casa Regina Cylllio encontrou preços altos no supermercado / Crédito: Fabiano Rocha

Ana Paula Viana, Danielle Abreu, Danielle Moitas, Fabiana Paiva e Mario Campagnani
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O Rio já começou a sofrer com o desabastecimento e a disparada nos preços de legumes e verduras por causa dos estragos provocados pela chuva na Região Serrana. A pouca produção desembarcada ontem na Ceasa de Irajá — principal centro de distribuição do estado — tinha um custo até três vezes mais alto do que o de quarta-feira. O preço do amarrado de espinafre e de agrião, por exemplo, passou de R$ 0,70 para R$ 2 em um dia.
— Mais de 80% dos produtores não vieram. A maior parte das plantações do estado fica justamente na região atingida — explicou o gerente de mercado da Ceasa, Edson Nogueira Marques.
Allan Cardoso, de 29 anos, que produz verduras em Teresópolis com a família, foi um dos atingidos.
— Acabou tudo. É um desespero. Plantação agora só daqui a uns 30 dias. Isso se não chover mais — lamentou.
Segundo o economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) André Braz, até março, os preços de verduras e legumes deverão ficar instaveis:
— Essa é uma época típica de preços altos, por causa das chuvas e do calor forte, que estragam a plantação. Para não gastar tanto, a dica é aproveitar a xepa nas feiras e as promoções-relâmpago dos supermercados — disse.
Escassez
Supermercados e hortifrutis ficaram com as prateleiras vazias. Na rede Prezunic, a oferta foi reduzida à metade ontem, segundo o diretor da rede, Genival Beserra.— Não conseguimos conversar com os produtores ainda. A tendência é que o abastecimento comece a piorar amanhã (hoje) e os preços aumentem — afirmou.O mesmo ocorreu no Guanabara. Na unidade da rede em Realengo, na Zona Oeste do Rio, a dona de casa Regina Cylllio, de 53 anos, teve que deixar de lado a couve, a alface e o brócolis:
— Se os preços ficarem muito altos, o jeito vai ser substituir por outra coisa.

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