sábado, 12 de fevereiro de 2011

ATÉ QUANDO ??????????

PREÇO PAGO AO PRODUTOR CAI POR CONTA DA IMPORTAÇÃO!!!
Santa Catarina defende a adoção de licenças de importação, para restringir o comércio. externo. Foto
Divulgação

As importações de leite do Mercosul foram responsáveis novamente pela queda no preço previsto pelas indústrias aos produtores rurais em Santa Catarina. O alerta foi feito pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc) e confirmada pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite (Conseleite).

O motivo seriam as excessivas importações de leite da Argentina e do Uruguai estão empobrecendo a cadeia produtiva brasileira de lácteos.

O Conselho anunciou no final de janeiro sobre os valores projetados para janeiro, que sofreu redução de 3,1%, fazendo com que o preço de referência do litro de leite acima do padrão passe para R$ 0,7053, o leite padrão para R$ 0,6133 e o leite abaixo do padrão para R$ 0,5576, com variação redutiva de dois centavos em todos eles.

Essa projeção deve ser confirmada ou reajustada na próxima reunião mensal do Conseleite, no próximo dia 17.

Cotas

De acordo com a Federação da Agricultura, a crise do setor leiteiro vem das importações predatórias de lácteos, em que foram revogadas as licenças de importações não automáticas do Uruguai, facilitando a entrada de produtos no Brasil.

O país vizinho aproveita um amplo mercado de quase 200 milhões de consumidores, principalmente o leite em pó, no mercado brasileiro. O pedido é que o governo federal estabeleça cotas para o Uruguai, como ocorreu com a Argentina, também integrante do Mercosul.

Assim, da mesma forma que há cotas para o frango brasileiro entrar na Argentina e Uruguai, o governo deve limitar a entrada de leite uruguaio no Brasil, caso contrário a pecuária leiteira verde-amarela entrará em colapso.

Somente em dezembro, foram importadas da Argentina e do Uruguai 56 mil toneladas de leite em pó e 4 mil toneladas de queijos.

A alta tributação vigente e a disparidade do câmbio no Brasil prejudicam os produtores nacionais, ampliando a desvantagem competitiva em relação ao Uruguai e Argentina. No Brasil, os pecuaristas de leite pagam 9,25% de Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) em insumos, como ração e sal mineral. Estes itens representam cerca de 40% do custo operacional total da produção.

Santa Catarina defende a adoção, pelo governo, de licenças não automáticas de importação, para restringir a entrada de produto de outros países, em especial do Uruguai e da Argentina. O vice-presidente da Federação, Nelton Rogério de Souza avalia que "não desejamos protecionismo ao nosso mercado, mas também não queremos sofrer com a concorrência predatória de outros países".

Mau Negócio

A liberação do mercado brasileiro de lácteos ao Uruguai faz parte de um acordo firmado no início de 2010, entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente José Mujica. O Uruguai se comprometeu a retirar as restrições sanitárias impostas à carne de frango brasileira em troca da livre exportação de lácteos ao Brasil.

Ao contrário do presidente do Brasil, o representante do país vizinho, para preservar o mercado local, estabeleceu cotas de participação para o ingresso da carne de frango brasileira no Uruguai. Os lácteos uruguaios, porém, têm acesso livre ao Brasil.

O Brasil é autossuficiente na produção de leite e soro e essas importações só desorganizam o mercado e prejudicam o produtor nacional. Souza lamenta que a política macroeconômica, que mantém os juros elevados e distorce o câmbio, inviabiliza as exportações. "O câmbio atual torna o custo de produção de leite brasileiro em dólar um dos mais altos do mundo, o que desestimula as exportações e torna atraente importar.


fonte: economia SC

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