Pecuária de leite
Sanidade Animal é a maior preocupação da agropecuária da Paraíba
Na cabeceira da mesa: Mário Borba (FAEPA), Marenilson Batista (SEDAP), Rômulo de Araújo Montenegro (SEDAP) Articulados pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (FAEPA), Mário Borba, os representantes do setor rural se reuniram para apresentar ao novo Secretário de Estado da Agricultura, Marenilson Silva, a real situação da agropecuária paraibana e seus principais entraves. Foram destacados vários pontos, entre eles, a sanidade animal e vegetal, apontada como a questão a ser resolvida com maior urgência.
Durante a reunião, o superintendente da SFA/PB, Superintendência Federal da Agricultura na Paraíba, Hermes Barbosa, apresentou as recomendações a serem cumpridas para que a Paraíba passe a ser considerada zona livre com vacinação contra febre aftosa. Entre as ações definidas como prioritárias estão a contratação de pessoal (técnicos e gestores), treinamento e conscientização do pessoal contratado e organização da estrutura da Gerencia Executiva de Defesa Agropecuária (GEDA). “O objetivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 2011 é trabalhar para que todos os estados do norte e nordeste alcancem o status de livre da febre aftosa com vacinação e nós acreditamos que este resultado será alcançado com o esforço de todos”, disse Hermes.
A iniciativa privada e pública vem trabalhando a questão da sanidade animal desde 2008 e em 2010, após um grande esforço, a Paraíba passou de risco desconhecido para médio risco, o que, mesmo em pequena escala, aumentou os negócios. “Em 2009, saíram aproximadamente 1700 animais da Paraíba e em 2010, após a mudança de status, saíram 27000 animais”, afirmou Jamir Mascena, gerente executivo da Defesa Agropecuária, deixando claro como a questão da defesa agropecuária influi diretamente nos negócios e no desenvolvimento econômico do Estado.
“A Paraíba é um celeiro genético de várias raças, como a Sindi e Santa Inês e os produtores rurais vem perdendo grandes oportunidades devido aos entraves que a classificação sanitária acarreta”, afirmou o presidente da Associação Brasileira dos Criadores da Raça Sindi, Paulo Roberto de Miranda Leite. “Os gastos com a quarentena, que nosso caso ultrapassa 100 dias, inviabilizam os negócios fora do estado”, completou.
Para Mário Borba, a questão sanitária envolve, além da economia, diversos pontos, como a saúde e garantia de alimento. “Defesa agropecuária é prevenção à saúde humana. O mundo está em busca de alimento, mas não de qualquer alimento, ele quer alimento saudável”, afirmou referindo-se aos fatos apresentados pela FAO sobre a crescente demanda por alimentos e o grande potencial produtivo do Brasil.
A Paraíba, juntamente com o Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas, pertencem ao Circuito Pecuário Nordeste e estão classificados como médio risco para a febre aftosa.
O presidente da FAEPA/PB sugeriu ainda que, os governadores dos estados do nordeste participem da próxima reunião da SUDENE, com o objetivo de elaborar estratégias conjuntas de atuação para que o Circuito Pecuário Nordeste alcance a meta tão sonhada, o status de zona livre de aftosa com vacinação.
Também participaram do encontro o Secretário de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (SEDAP), Marenilson Batista da Silva; o Secretário Executivo de Agricultura e Pesca, Rômulo de Araújo Montenegro; o presidente da Sociedade Rural da Paraíba (SRPB), Josenildo Alcântara; o presidente do Sindicato do Leite (SINDILEITE), Pedro Martins; o presidente da Associação de Avicultura da Paraíba (AVIEP), Hermano Araújo; o empresário rural, Roberto Cavalcanti e o chefe do Serviço de Sanidade Agropecuária (Sedesa/SFA-PB), Antonio Hybernon da Silva.
Assessoria de Comunicação Social FAEPA/SENAR-PB
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