domingo, 6 de março de 2011

Clima e preço bons para produtores de leite 
04 de março de 2011 - 10:46h 
Autor: O Nacional 

A região Norte do Rio Grande do Sul foi beneficiada com o clima que vem fazendo desde o final do ano passado. A previsão de ocorrência do fenômeno La Niña, não se configurou na região e, pelo contrário, as chuvas foram acima das médias históricas nos últimos meses. Com isso, tanto as lavouras de milho e soja quanto a produção leiteira estão em alta e a quebra que normalmente acontece nesta época no ano na produção de leite não está acontecendo.

Para o restante da estação, as expectativas são muito boas, conforme prevê o presidente da Agroleite, Luiz Ireno Lorenzato. “A previsão era para fazer muito sol, mas choveu bastante. Então este ano, para a produção leiteira, está sendo muito bom. A pastagem se desenvolve bem com a chuva isso fez com que ainda não tenhamos visto quebra na produção, o que seria normal para esta época. A queda não chega a 10%”, destaca.

A redução neste percentual, segundo ele, é normal para o período, pois as “vacas ficam ‘velhas de leite’, com a gente diz. É uma época que historicamente cai a produção, mas este ano ainda não deu para sentir. Na verdade, ela tem se mantido. Em abril é que entra o período de entressafra, termina a pastagem de verão e inicia o inverno, daí sim a queda é de, normalmente, 30%”, avalia. Aí sim, existe a previsão de aumento do preço: “a produção diminui, o preço aumenta. Mas para este ano não podemos afirmar isso ainda, porque tem sido um ano atípico, de muita chuva”, destaca.

A cooperativa, que agrega 65 produtores de leite, além de outros das mais variadas atividades da agricultura familiar, também está conseguindo um valor considerado bom para o litro do leite. “Na cooperativa conseguimos pagar por volta de R$ 0,60 ou R$ 0,61 pelo litro. Se não fosse via cooperativa, o valor seria menor, não chegaria aos R$ 0,50”, argumenta. O valor é, historicamente, segundo Lorenzato, bastante acima da média.

Além de receber o leite dos produtores, a Agroleite trabalha com a pasteurização e ensaca o produto. São cerca de três mil litros por dia, demanda para a qual já existe consumidor garantido. Além do leite, os associados são responsáveis, especialmente, para a merenda escolar das escolas municipais e algumas estaduais. “Melhoramos a qualidade do nosso leite e estamos aumentando nosso mercado. Mesmo tendo um equipamento de pequeno porte, poderíamos pasteurizar mais leite se tivéssemos mais compradores”, comenta.

Investimentos
Desde que começou com esta atividade, em julho de 2009, a cooperativa cresceu em número de associados e compradores finais. “Nosso espaço já está pequeno, por isso estamos fazendo um projeto para conseguir recursos com o BNDES, pois temos que nos desenvolver conforme aumentamos o nosso mercado”, salienta

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