Líderes quilombolas fazem greve de fome por regularização de terras
No Maranhão, líderes de comunidades pedem mais segurança.
Eles querem ser incluídos em programa de proteção federal.
Do Globo Rural
Líderes de comunidades quilombolas, ameaçados de morte, começaram uma greve de fome na porta do Incra, no Maranhão. Eles querem a demarcação das terras e mais segurança.
Em protesto, os quilombolas exibiram cruzes e velas acesas para denunciar a violência no campo. Eles cobram do governo agilidade na regularização de 240 territórios no Maranhão, reconhecidos como terras de quilombo, mas que ainda não foram demarcados.
Dona Maria José Silva integra uma lista de 27 camponeses jurados de morte no Maranhão, segundo a Comissão Pastoral da Terra. "Depois que eles nos derem a titulação da nossa terra, acredito que a gente vai viver um pouco em paz”, disse.
Para forçar uma negociação com o governo federal, 17 quilombolas decidiram parar de comer. Todos dizem que estão na mira de pistoleiros.
Os quilombolas em greve de fome querem ser incluídos em programa de proteção federal dado aos defensores de direitos humanos. Eles dizem que só retornam aos quilombos escoltados com a Força de Segurança Nacional.
Ednardo Padilha diz que está disposto a resistir – sem comer – até obter uma resposta do governo.
“Devem sair daqui de 40 a 50 caixões. Nós vamos ficar aqui até a morte, sem comer nada, porque sabemos que a hora que chegar lá na comunidade, a gente vai morrer”.
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