Diarréia Viral Bovina
Por Débora Carvalho Meldau
A Diarréia Viral Bovina (BVDV – Bovine Viral Diarrhea Virus) é uma doença causada por um vírus RNA membro do gênero Pestivirus da família Flaviridae. Ataca bovinos e outros ruminantes,
causando grandes prejuízos econômicos no rebanho. O Pestivírus é
caracterizado pela existência de dois biótipos: citopático (CP) e não
citopático (NCP). Esta diferença está relacionada com a replicação viral
em cultivo celular. O biótipo NCP é mais comumente isolado do que o
biótipo CP, sendo que este resulta da mutação do biótipo NCP. Ambos são
classificados em dois genótipos: BVDV-1 e BVDV-2. Após algumas
pesquisas, foi observado que as amostras brasileiras deste vírus possuem
características genéticas e antigênicas distintas das cepas americanas.
Essa diferença antigênica e genética pode representar implicações
práticas para o diagnóstico e controle da enfermidade.
Quando ocorre transmissão transplacentária da cepa NCP antes que o
feto desenvolva sua competência imunológica (até 120 dias de gestação),
pode resultar em um animal persistentemente infectado (PI), ou seja, um
animal apresente uma infecção por este vírus por toda a sua vida.
A infecção por este vírus pode manifestar-se de diversas maneiras:
O controle e profilaxia desta infecção são baseados na detecção e eliminação de bovinos PI e no controle da entrada de animais e sêmen, além da vacinação que é opcional. As vacinas usadas no Brasil são todas inativadas, com adjuvante oleoso ou hidróxido de alumínio. A vacinação é recomendada para rebanhos com alta rotatividade de animais, rebanho com sorologia positiva, com histórico de doença clínica ou reprodutiva, para propriedade de terminação de novilhos e rebanhos leiteiros com constante entrada de animais
A infecção por este vírus pode manifestar-se de diversas maneiras:
- Sub-clínica: a maior parte das infecções com o BVDV (cerca 70 a 90%), não apresentam sinais clínicos (febre discreta, leucopenia, produção de anticorpos neutralizantes).
- Aguda: os animais que apresentam esta forma são os imunocompetentes não PI com idade entre 6 a 24 meses, com um período de incubação de 5 a 7 dias, apresentando febre, anorexia, descarga óculo-nasal, erosões e ulcerações na mucosa oral e diarréia.
- Aguda severa: neste caso há a ocorrência de um alto número de mortes súbitas em todas as categorias, penumonia, febre e abortos (10 a 20%).
- Síndrome hemorrágica: trombocitopenia, diarréia sanguinolenta, hemorragia na superfície das mucosas, febre, leucopenia e morte.
- Doença das mucosas (DM): tem manifestação esporádica, afetando menos de 5% do rebanho; tem um período de incubação de 10 a 14 dias após a exposição à cepa CP. Os sinais apresentados são febre bifásica, anorexia, taquicardia, polipnéia (respiração ofegante), queda na produção e diarréia profusa, podendo ser sanguinolenta e fétida; as papilas orais podem apresentar aspecto rombo, e podem surgir erosões na língua, palato, superfícies bucais e faringe. Podem também apresentar lesões no espaço interdigital, tetos e vulva e também dermatite generalizada.
O controle e profilaxia desta infecção são baseados na detecção e eliminação de bovinos PI e no controle da entrada de animais e sêmen, além da vacinação que é opcional. As vacinas usadas no Brasil são todas inativadas, com adjuvante oleoso ou hidróxido de alumínio. A vacinação é recomendada para rebanhos com alta rotatividade de animais, rebanho com sorologia positiva, com histórico de doença clínica ou reprodutiva, para propriedade de terminação de novilhos e rebanhos leiteiros com constante entrada de animais
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