sábado, 28 de agosto de 2010

GADO DE LEITE - CONTROLE E SECAGEM DAS VACAS

GADO LEITEIRO


O DIÁRIO MS entrou em contato com o médico veterinário Vili Schulz para dar uma explicação referente ao controle e secagem de vacas leiteiras.
Segundo vili, o controle leiteiro é muito importante em uma propriedade leiteira, pois através desta estimativa de produtividade é que adotamos algumas medidas de manejo, entre as quais podemos destacar:
1- O fornecimento de ração/concentrado deve ser em maior quantia em vacas que possuem maior produção de leite, devem ser tratadas individualmente, ou tratadas com lotes de mesma produção. Uma opção é colocar um colar de cores variadas para cada nível de produção, por exemplo, colar vermelho significa “X” kg de ração, a de verde “Y” kg e assim por diante.
2 – Através das informações de produção podemos avaliar o potencial genético das vacas, podendo escolher cruzamentos que possam melhorar o rebanho, e descartar aquelas que não satisfazem.
3 – Outro benefício do controle é a questão comercial, onde touros ou sêmen devidamente selecionados e aprovados, possam render bons frutos à propriedade.
4 – Programação de “fluxo de caixa”, que é nada mais nada menos que saber quanto vai poder gastar, pois terá uma previsão de receita.

COMO REALIZAR O CONTROLE:
• A pesagem do leite deve ser em média mensal ( 15 a 45 dias ).
• Devem ser realizados conforme o sistema da propriedade ( uma, duas, ou três ordenhas diárias).
• Sempre, de preferência, ser feito pelo mesmo ordenhador.
• Sempre iniciar o controle através da vacas recém paridas ( 5 a 45 dias após parto), e acompanhadas até término da lactação.
• Identificar os animais através de numeração à fogo, brincos, tatuagens, etc.
• As vacas de controle devem ser ordenhadas aleatoriamente, sem preferência pelo início ou fim da ordenha.
• Deve ser retirado todo o leite possível, não devendo ser deixado nada para o bezerro.
• Pode-se escolher melhor data para o período de lactação ao escolher a data da cobertura ou inseminação artificial.

SECAGEM DAS VACAS LEITEIRAS
Secar uma vaca, significa interromper a lactação, fazendo com que a mesma pare de dar leite.
Alêm das anotações de cobertura ou inseminação e data de parição, Vili diz que o produtor deve se atentar para a data de fim da lactação, que é de 60 dias antes da parição (aos 7 meses de gestação), ou antes se a produção for muito baixa, abortos, ou doenças.
Os benefícios da “secagem” das vacas podemos destacar:
- Recuperação dos tecidos secretores de leite.
- Formação do colostro, que é o primeiro meio de imunização que recebe o bezerro.
- É no final da gestação que o bezerro totaliza sua formação, exigindo muito da alimentação da vaca.



COMO FAZER A SECAGEM:

É fácil realizar a secagem de uma vaca, pois alterando drásticamente os fatores que influenciam na produção de leite, é que tem-se o resultado esperado, como por exemplo, presença do bezerro, presença de outras vacas em lactação, proximidade ao local de ordenha, cheiro da ração ou silagem, etc.


Deve-se proceder da seguinte maneira:
Verificar se a vaca apresenta mastite, até mesmo a sub clínica deve ser observada através do Teste de C.M.T. ( Califórnia Mastite Teste) ou do caneco de fundo preto e caso a mastite se confirme, realizar o tratamento da mesma, e não realizar a secagem.

Ao optar pela secagem e obedecer o procedimento inicial, o ordenhador deve esgotar bem os tetos, e introduzir um antibiótico de longa ação que é próprio para este período de secagem como por exemplo cefalexina benzatina ( Ubersec®) em cada um dos tetos. Depois deste procedimento, levar a vaca à um local com menos oferta de capim, onde esteja longe do estábulo ou local de ordenha, não fornecer ração. O fornecimento de água deve ser a vontade.
Não ordenhar mais, a formação de leite é normal, e o organismo reabsorverá este leite formado. Caso esteja bem vermelho e inchado, a mesma deverá ser tratada ( mastite ) e depois aplicação de antibiótico de longa ação.
Após 2 semanas a vaca não produzirá mais leite, e depois disso poderá receber alimentação adequada para o término da gestação.
O médico veterinário Vili Schulz infatiza que nos dias de recessão econômica, o uso de técnicas é primordial para obter maior produção e lucratividade na propriedade num mesmo espaço de tempo.

FONTE: AGRO RURAL - DIÁRIO MS

MELHORAMENTO GENÉTICO

Como o melhoramento genético pode modificar a qualidade do leite

Luiz F. Brito - Est. de Zootecnia da UFV, bolsista PIBIC/CNPq e estagiário da Embrapa Gado de Leite
Maria Gabriela C. Diniz Peixoto - Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite - gaby@cnpgl.embrapa.br
Marco Antônio Machado - Pesquisador da Embrapa Gado de Leite - machado@cnpgl.embrapa.br
Rui da Silva Verneque - Pesquisador da Embrapa Gado de Leite - rsverneq@cnpgl.embrapa.br

A pecuária leiteira nacional vem passando, nos últimos anos, por um intenso processo de especialização da produção. Entretanto, no que diz respeito à qualidade e composição do leite, item essencial a um país que pretende ser exportador de lácteos, ainda há muito a fazer em relação a países que já participam ativamente do mercado internacional.

Uma matéria-prima de melhor qualidade e composição está associada a um maior rendimento industrial, o que permite otimizar custos de produção e oferecer produtos de melhor qualidade ao consumidor, com consequente aumento da competitividade do leite e derivados nacionais, principalmente quando se almeja um crescimento nas exportações. Além disso, com a melhoria da qualidade pode-se atender às exigências crescentes de um consumidor a cada dia mais esclarecido.

Ao se considerar a importância do leite como alimento para a população humana, além de seu interesse industrial, a preocupação com a qualidade se torna ainda maior. A gordura do leite contém muitos nutrientes necessários à dieta humana, como vitaminas lipossolúveis e lipídeos bioativos, além de ser fonte de energia. No entanto, o consumo de determinados ácidos graxos do leite tem sido associado negativamente com a saúde humana, principalmente com doenças cardiovasculares, apesar das controvérsias. Estudos têm revelado diferenças no conteúdo de ácidos graxos em diferentes raças, o que sugere a possibilidade de obtenção de produtos lácteos de qualidade nutricional diferenciada pela escolha da raça.

O leite bovino tem sete vezes mais proteínas do que o leite humano. As principais proteínas do leite são as caseínas, albuminas e globulinas. Além da importância para a alimentação humana, um aspecto de interesse à indústria reside no envolvimento das proteínas na formação do coalho para produção de queijo. As proteínas diretamente responsáveis por este processo são as caseínas e globulinas. Existem quatro formas de caseínas (alfa S1, alfa S2, beta e kappa). Estudos moleculares identificaram seis alelos para o gene da kappa-caseína e vários estudos concluíram que o alelo B está associado a uma maior capacidade de coagulação do leite, resultando em um coalho mais firme e no aumento do rendimento na produção de queijo.

Outra proteína importante para a indústria, é a beta-lactoglobulina. Essa proteína é encontrada no soro do leite e, também, está envolvida no processo de coagulação do leite. Os alelos mais frequentemente encontrados em rebanhos leiteiros são o A e o B, sendo este último associado com maiores teores de caseínas no leite e, portanto, maior produção de queijo. Dessa forma, animais que possuam em sua constituição genética os alelos B para k-caseína e b-lactoglobulina irão produzir leite com maiores teor de caseínas e capacidade de coagulação.

Com respeito à lactose, sabe-se que alguns oligossacarídeos do leite bovino não apenas são fonte de nutrientes para os recém-nascidos, mas têm numerosas e importantes funções biológicas, incluindo a prevenção de ligação de patógenos ao epitélio intestinal e servindo de fonte de nutrientes às bactérias benéficas ao trato intestinal.

Um aspecto mais abrangente da qualidade do leite é o teor de sólidos (lactose, gordura, proteína, minerais, dentre outros). Algumas raças e cruzamentos apresentam leite com maior teor de sólidos, o que pode ser convenientemente aproveitado, dependendo da remuneração pela indústria. Por exemplo, a raça Holandês apresenta menores percentuais de gordura e proteína, mas maiores produções totais. Já as raças Jersey e Pardo-Suíço, apesar dos altos percentuais de gordura e proteína, apresentam produções totais inferiores à observada na raça Holandesa.

Por sua vez, a Contagem de Células Somáticas (CCS) é um parâmetro importante da qualidade do leite, pois constitui indicativo de qualidade microbiológica e está associada a uma doença de grande incidência em rebanhos leiteiros, a mastite, que afeta a produção e provoca mudanças na composição do leite e na adequação do leite para o processamento industrial.

Compreende-se, portanto, a relevância do tema composição e qualidade microbiológica do leite. Sabe-se da complexidade envolvendo a expressão das características relacionadas a este tema e que as mesmas são inerentes a cada raça leiteira e dependentes de diversos fatores de ambiente. Através de modificações ambientais, como, por exemplo, disponibilidade de alimentos de qualidade, nutrição balanceada e manejo adequado, ou seja, sanidade, bem-estar, dentre outros, pode-se obter ganhos em qualidade do leite, porém, de caráter transitório. Ao contrário dos ganhos genéticos que são duradouros.

Apesar de serem permanentes e cumulativos, os ganhos por meio do melhoramento genético são, entretanto, demorados devido ao longo intervalo de gerações dos bovinos. Sendo assim, os objetivos de seleção devem ser determinados com cautela e os programas de melhoramento devem estar atentos às tendências do mercado futuro, para que os produtores alcancem seus objetivos a tempo de usufruir das bonificações e terem maior inserção de seu produto no mercado.

Com vistas ao melhoramneto genético, estudos verificaram que as produções e/ou porcentagens de gordura, de proteína e de lactose são características herdáveis e que, portanto, podem ser melhoradas por meio de seleção, ou seja, a escolha de pais de alto valor genético pode gerar progênie de alto potencial produtivo. O quanto as características são herdáveis, ou possuem de herdabilidade, varia em torno de 0,20 a 0,35 para as produções, enquanto que para as porcentagens são relatados valores mais elevados. Portanto, é possível alterar estes componentes através da seleção de reprodutores e escolha de matrizes, valendo-se da diferença dentro e entre raças. Para outros constituintes como lactose e minerais não existe, por enquanto, incentivo econômico que justifique a consideração destas características em programas de seleção. Para a CCS, a literatura científica tem relatado coeficientes de herdabilidade variando de 0,08 a 0,19. Portanto, adicionar a CCS ao programa de seleção poderá trazer benefícios à qualidade do leite, como também ao bem estar animal.

Com os avanços da biotecnologia tornou-se possível obter informações de importância estratégica e elevado valor econômico sobre o genótipo dos animais para o melhoramento por meio de seleção. De posse dessas informações, o produtor pode orientar os acasalamentos, a escolha do sêmen e adicionar a informação dos marcadores moleculares para o melhoramento genético do rebanho. Para tanto, a Embrapa Gado de Leite publica nos catálogos de touros de diferentes raças leiteiras, informações sobre o valor genético de características como produção e composição de leite, além de informações sobre o genótipo dos animais para genes que influenciam características de importância econômica.

Deve-se ressaltar, no entanto, que a seleção para altas porcentagens de gordura e proteína deve estar associada a bons patamares ou volume de produção leiteira, pois a produção de leite tem correlação alta e negativa com o teor de sólidos do leite. Faz-se, também, necessário salientar e conscientizar os produtores de que produzir leite com maior teor de sólidos é mais oneroso e, portanto, deve-se avaliar a relação custo e benefício desse investimento, ou seja, se a indústria valorizará este esforço. O pagamento do leite por qualidade, com a inclusão da proteína e da gordura no esquema de pagamento, já é uma realidade em diversos países e vem sendo executado por algumas indústrias do setor de lácteos no Brasil e, em breve, acredita-se, será prática comum.

O melhoramento genético do rebanho pode, de fato, propiciar melhorias na qualidade do leite, no entanto, cabe ao produtor a difícil tarefa de definir corretamente seus objetivos, suas metas, adotar as tecnologias acessíveis, utilizar genótipos adequados e a arte de manejar corretamente seu rebanho. Desta forma, poderá garantir a produção de leite de qualidade e a baixo custo, atendendo aos anseios da indústria e dos consumidores e permitindo sua permanência sustentável na atividade leiteira.


FONTE: EMBRAPA GADO DE LEITE

GADO JERSEY

Produção de queijo com leite de Jersey conserva recursos e reduz impacto ambiental


Com mais de 40% do leite dos Estados Unidos sendo destinado para a produção de queijos, usando-se o leite de alto teor nutritivo produzido pelo gado Jersey (de menor tamanho), se obtém reduções substanciais no uso da terra e da água, no consumo de combustíveis, na quantidade de rejeitos e na liberação de gases de efeito estufa, em comparação com o uso do leite de Gado Holandês. Por cada unidade de queijo produzida, por exemplo, a liberação de carbono do Gado Jersey (CO2 equivalentes totais) é 20% menor do que do Gado Holandês.

Estas foram algumas das principais conclusões de uma pesquisa sobre o ciclo da vida, apresentada pela Dra. Jude Capper (Washington State University), em 13 de julho próximo passado, no 5º Encontro das Associações Americanas para Agricultura Animal, as quais incluem a American Dairy Science Association e a American Society of Animal Science.

“Não apenas a população de Jersey conserva recursos finitos necessários para a produção de queijo, como o seu impacto ambiental total é menor”, salientou a Dra. Capper. As conclusões se basearam em informações de um ano de performance do rebanho leiteiro americano, com quase 2 milhões de vacas em mais de 13.000 rebanhos, localizados em 45 estados.

A Dra. Capper – em conjunto com o Dr. Roger Cady (Elanco Animal Health) – inovou com este estudo, analisando a produção de leite requerida nas fazendas para a produção de 500.000 toneladas métricas (1,1 bilhão de libras) de queijo cheddar. Na pesquisa, eles compararam 2 sistemas de produção (Tabela 1): o primeiro usando a “grande” vaca da raça Holandesa (peso médio na idade adulta de 1.500 libras) e o segundo usando a “pequena” vaca Jersey (1.000 libras).

Normalmente, a Jersey produz menos leite em termos de volume, mas um leite contendo substancialmente mais gordura e proteína. Para a produção de queijo cheddar, as produtividades esperadas são 12,5 libras de queijo por 100 Kg (cwt) de leite de Jersey, em comparação com 10,1 libras por 100 Kg de leite de Holandês.

Capper e Cady quantificaram os impactos ambientais na produção de queijo cheddar para estes diferentes tipos de leite. O modelo de sistema de produção incluiu todas as práticas na produção das lavouras (alimentação do gado) e as práticas para a produção de leite. O estudo não incluiu o transporte até os laticínios nem nos canais de distribuição. Os autores determinaram que para se produzir 500.000 toneladas de queijo cheddar (1,1 bilhão de libras):

- 8,8 bilhões de libras de leite de Jersey foram necessárias, o que era 19% menor do que o requerimento de leite de Holandês (10,9 bilhões de libras).

- Mais animais Jersey (91.460) foram necessários para se produzir a mesma quantidade de queijo do que animais Holandeses (isto representa apenas 0,5% do total de gado leiteiro americano).

- Apesar do maior número de animais, a massa corporal total da população de Jersey foi 26% menor (276 milhões de librais totais a menos), em comparação com a população de Holandês.

- O consumo total de comida decresceu em 1,75 milhões de toneladas com Jersey e o Jersey produziu 2,5 milhões de toneladas a menos de dejetos, em comparação com Holandês.

- O uso da água foi reduzido em 32% com Jersey, economizando 66,5 bilhões de galões d´água, equivalentes às necessidades de 657.889 de lares americanos.

- O requerimento em terras caiu em 240.798 acres (97.447,45 ha), o que foi 11% menos do que o requerido para suportar a produção de queijo com o gado Holandês.

- O sistema com Jersey usou menos combustíveis fósseis do que o sistema com Holandês. A economia de 517.602 milhões de BTUs em consumo de combustíveis fósseis é equivalente a energia necessária para aquecer 6.335 lares Americanos por ano.

- A redução de 20% na emissão de carbono para o sistema com Jersey é equivalente a remover 443.900 carros anualmente das rodovias americanas.

As descobertas do estudo são explicadas pelas características específicas da raça Jersey, que tanto reduzem como diluem os requerimentos de manutenção no sistema de produção. Ou seja, a menor massa corporal dos animais no sistema com Gado Jersey reduz os custos de manutenção por animal e a maior densidade nutritiva do leite de Jersey dilui os requerimentos com recursos de manutenção – especialmente água – em mais unidades de queijo.

Capper ressalta que “o uso da água com o Jersey diminui porque existe mais gordura e proteína no leite. A economia não é somente no consumo de água para os animais menores, mas também no que tange o transporte e o processamento do queijo”.

“Este estudo demonstra que o número de animais em uma população não é uma boa medida para massa corporal” afirma Capper. “Em trabalhos anteriores, nós assumimos que o número de animais em um sistema equivalia ao peso corporal. Mais animais significavam mais peso corporal e, assim, mais impacto ambiental. Uma vez que o peso da Jersey é bem menor do que da Holandesa, mesmo que mais animais foram necessários para se produzir a mesma quantidade de queijo, a massa corporal total diminuiu. Desta forma, nós precisamos contabilizar as diferenças entre tamanho do corpo dos animais.”

“Para produzir a mesma quantidade de queijo, você precisa mais animais Jersey,” concluiu Capper. “O Gado Holandês tem uma vantagem em produtividade de leite por animal. Não obstante, isto é suplantado pela dupla vantagem que o Jersey tem. Os animais pesam bem menos e o leite que eles produzem é um produto mais denso e nutritivo”.

Tabela 1 Holandês Jersey
Produtividade diária (lbs) 62 46
Gordura (%) 3,8 4,8
Proteína (%) 3,1 3,7
Produção de queijo (lbs/cwt) 10,1 12,5
Intervalo entre partos (meses) 14,1 13,7
Reposição anual (%) 34,5 30,0
Número de lactações esperadas 2,54 3,00
Idade ao 1º parto (meses) 26,1 25,3
Índice novilhas/vacas 0,86 0,83
Peso na idade adulta (lbs) 1.500 1.000

Fonte: DRMS, DairyMetrics™

Fonte: www.usjersey.com

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

EMBRAPA HORTALIÇAS

A Embrapa Hortaliças pode auxiliá-la na implantação de hortas por meio das publicações disponíveis. Em nosso site há diversas publicações sobre o cultivo de hortaliças. Por favor, acesse: www.cnph.embrapa.br e clique em publicações, que aparece a esquerda da tela. Em publicações para download, os textos informativos estão disponíveis gratuitamente e em publicações para venda, encontra-se um catálogo de textos e livros impressos, que podem ser adquiridos ao seguir as instruções da página ou pelo e-mail vendas@cnph.embrapa.br . Em sistemas de produção ( http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/ ) encontram-se informações detalhadas para a produção de várias hortaliças e outras culturas.


Recomendamos as seguintes publicações,* disponíveis gratuitamente em nossa página:*

* *Circular Técnica 47 de 2007 - Recomendações técnicas para o
cultivo de hortaliças em agricultura familiar*.
* *Circular Técnica 80 de 2009 - Recomendações para o controle de
pragas em hortas urbanas.*
* *Comunicado Técnico 53 de 2008 - Instruções práticas para produção
de composto orgânico em pequenas propriedades***
* *Circular técnica 35 de 2005 - Produção** de *sementes* de
*hortaliças* para a *agricultura* *familiar****

FONTE: EMBRAPA HORTALIÇAS

sábado, 21 de agosto de 2010

A Adapec - Agência de Defesa Agropecuária, após solicitação do Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, realiza até o dia 20 de agosto, o inquérito soroepidemiológico nos criatórios de suínos do Estado. O objetivo é confirmar a ausência de atividade viral da Peste Suína Clássica e manter a classificação do Tocantins como Zona Livre da doença.

As equipes de campo da Adapec, formadas por 40 profissionais orientados por oito coordenadores de campo, vão percorrer 318 propriedades rurais indicadas pelo Mapa e localizadas em todo o Estado. Nestes locais serão realizadas: coletas de amostras sanguíneas dos suínos, com idade acima de seis meses; recadastramento e o georreferenciamento dos criatórios.

“O material coletado será enviando ao laboratório oficial do Ministério para análise. Já o recolhimento das informações servirá para a confecção dos mapas e trilhas para facilitar o acesso rápido às propriedades”, explica a gerente do Programa Estadual de Sanidade de Aves e Suídeos, Luzia Araújo Nunes, acrescentando que o resultado das amostras ainda não tem data definida.

De acordo com o presidente da Adapec, José Luciano Azevedo Carlos, o último inquérito realizado no Tocantins, que é Livre da Peste Suína Clássica desde 2001, foi no ano de 2004. “Temos um sistema rigoroso de prevenção e fiscalização, seguindo critérios e princípios estabelecidos pela OIE – Organização Internacional de Sanidade Animal”, ressalta.

Peste Suína Clássica
É uma doença altamente contagiosa e específica dos suídeos. O vírus causa sintomas como hemorragias, febre alta, orelhas e articulações azuladas, vômitos, diarréia, abortos e morte de 05 a 14 dias após a detecção dos sintomas.

Dados
No Tocantins, em 2008, foram registrados 162.555 suídeos (suínos domésticos, selvagens e o javali). Em 2009, houve um aumento de 15% no número de animais existentes, totalizando 187.803 animais.


Fonte: Adapec
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MEIO AMBIENTE, AGRADEÇE!!!!!

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O Dia Nacional do Campo Limpo será comemorado hoje (18/08/10), e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), José Mário Schreiner, enfatizou a necessidade de descarte correto das embalagens de defensivos agrícolas. "O manejo adequado do produto, a tríplice lavagem e o recolhimento correto das embalagens são procedimentos que ajudaram a melhorar, e muito, a vida do produtor rural nos últimos anos", afirmou.



A campanha, que tem o objetivo de alertar para a importância de conscientização ambiental na agricultura, é realizada pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) e conta com o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Schreiner, que é presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas, da CNA, lembrou que a conscientização do produtor rural é maior a cada ano. "O produtor sabe que ao adotar os procedimentos necessários ele contribui para ter mais saúde e um meio ambiente mais saudável", completou.

A legislação prevê a devolução de embalagens vazias de agrotóxicos até um ano após a compra. As embalagens devolvidas são remetidas para reciclagem para evitar riscos de contaminação na população e ao meio ambiente. O agrotóxico é manipulado de acordo com as normas definidas pelo governo federal. Para aplicar alguns tipos de produtos, é preciso usar roupa específica para proteção como máscara, luva e botas de borracha.

Antes da devolução, a embalagem deve ser lavada três vezes e depois perfurada. O processo é para que não fique nenhum resíduo dentro e também para que a embalagem não seja reutilizada. As embalagens devem ser encaminhadas a postos de recebimento ou centrais de reciclagem. Schreiner contou que, em Goiás, a devolução de embalagens teve início em 2002, quando eram 23 postos de recolhimento, principalmente nas regiões agropecuárias. "Hoje há postos de recolhimento espalhados por todo o Estado", completou.

Depois do recolhimento, o material é separado e vai para a prensa. Cada fardo pesa cerca de 60 quilos. Depois desse processo as embalagens seguem para as recicladoras, informou o InpEV. Na sexta edição da campanha Dia Nacional do Campo Limpo, serão realizadas atividades de educação em 23 Estados. Serão 104 centrais de recebimento, sendo que 81 estarão abertas para que a comunidade local conheça de perto o trabalho pelos centrais de recebimento. A campanha seguirá durante o mês de agosto nas escolas participantes do projeto Ciclo de Vida das Embalagens, desenvolvido como parte das comemorações do Dia Nacional do Campo Limpo.

Para mais informações sobre as atividades do Dia Nacional do Campo Limpo visite www.dianacionaldocampolimpo.org.br.

FONTE

Agência CNA

REDUÇÃO DE CO2

Plantio direto pode reduzir até 20 milhões de ton de CO2 em uma décadaPublicado por Andréa Ramos Stancioli em 19 agosto 2010 às 9:40 em Defesa Sanitária Ambiental
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19/08/10 - 08:16
Há 38 anos, o produtor rural Herbert Arnold Bartz começou o plantio direto, experiência inédita no Brasil que, atualmente, é uma das bases da agricultura sustentável no Brasil. “Essa foi a maior revolução agrícola do final do milênio, porque retira o gás carbônico da atmosfera e o retém no solo, transformando-o em matéria orgânica”, explica. A técnica dispensa o revolvimento da terra com o uso de grades e arados e trabalha com rotações de culturas, aumentando a matéria orgânica. A semeadura é feita na palha da cultura anterior, o que impede a queima da área. Sem a massa vegetal queimada, o dióxido de carbono (CO2) não é liberado.

O plantio direto é uma das ações diretas estimuladas pelo governo federal no programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado em junho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Wagner Rossi, no Plano Agropecuário que financia a safra brasileira 2010/2011. O programa destina R$ 2 bilhões para as práticas agronômicas que permitem compatibilizar aumento da produção e proteção ao meio ambiente.

Com o plantio direto, estima-se a ampliação da área atual em 8 milhões de hectares, passando de 25 milhões para 33 milhões de hectares, nos próximos 10 anos. Esse acréscimo vai permitir a redução da emissão de 16 a 20 milhões de toneladas de CO2 equivalentes.

Além de promover o sequestro de dióxido de carbono da atmosfera, o plantio direto é exemplo de agricultura conservacionista, com preservação da qualidade dos recursos naturais, como água e solo. “Preservamos o solo e conseguimos fazer com que praticamente não se fale mais em erosão. A água que sai das lavouras para os rios é limpa, sem lama”, enfatiza. O local de plantio também é beneficiado com maior número de nutrientes.

Para José Eloir Denardin, pesquisador da Embrapa Trigo que atua na área de manejo e conservação do solo e da água, a organização do produtor é primordial para o sucesso do sistema. “Sem um sistema agrícola produtivo planejado e direcionado, nem um modelo devidamente quantificado econômica, social e ambientalmente, a atividade não vai funcionar”, alerta.

Denardin recomenda também a diversificação das espécies para ativar a fertilidade do solo com material orgânico adequado. “É preciso trabalhar com rotação de culturas que produzam quantidade, qualidade e frequência no aporte de matéria orgânica”, explica. De acordo com a Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP), as principais culturas de verão são soja, milho e feijão. E, as de inverno, trigo, aveia e cevada.



Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Autor: Eline Santos

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

JUSTIÇA SEJA FEITA !!!

Tenho acompanhado essa história de perto desde que os corajosos procuradores do trabalho do Pará entraram com a ação contra a empresa em 2004 (lembrando que, naquela época, as coisas eram bem mais difíceis nessa área), passando pelos julgamentos em primeira e em segunda instância. Sugiro dois textos que escrvi sobre o assunto, um sobre a sobre a denúncia do Ministério Público do Trabalho (2004), outro sobre a condenação no Tribunal Regional do Trabalho (2006).

Segue o texto do TST:

Por unanimidade, a Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou (não conheceu) recurso de revista da Construtora Lima Araújo Ltda, proprietária das fazendas Estrela de Alagoas e Estrela de Maceió e manteve decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA) que condenou a empresa ao pagamento de indenização por dano moral coletivo de R$ 5 milhões por prática de trabalho escravo em suas propriedades.

O processo é uma ação civil pública do Ministério Público do Trabalho, que inicialmente pediu uma indenização de R$ 85 milhões, e é o maior que trata de trabalho escravo no país. As fazendas estão localizadas em Piçarra, Sul do Pará, e foram alvo de cinco fiscalizações de equipes do grupo móvel do Ministério do Trabalho e Emprego, entre 1998 e 2002, que geraram 55 autos de infração. Entre os cerca de 180 trabalhadores liberados nas propriedades, estavam nove adolescentes e uma criança menor de 14 anos em situação de escravidão.

Ao confirmar a condenação de R$ 5 milhões de indenização por dano moral, o ministro Vieira de Mello Filho, relator do processo na Primeira Turma do TST, destacou que “diversas fiscalizações foram realizadas pela Delegacia Regional do Trabalho no âmbito das empresas reclamadas e, em todas elas, foi constatada a existência de trabalhadores em condições análogas à de escravo”.

Entre as inúmeras infrações cometidas pela empresa, de acordo com o processo, estão: não fornecer água potável; manter empregados em condições subumanas e precárias de alojamento, em barracos de lona e sem instalações sanitárias; não fornecimento de materiais de primeiros socorros; manter empregado com idade inferior a quatorze anos; existência de trabalhadores doentes sem assistência médica; limitação da liberdade para dispor de salários; ausência de normas básicas de segurança e higiene; não efetuar o pagamento dos salários até o quinto dia útil do mês; deixar de conceder o descanso semanal remunerado de 24 horas consecutivas; e venda de equipamentos de proteção individual.

O ministro observou que as Fazendas são reincidentes “na prática de manter trabalhadores em condições análogas à de escravo, visto que tais empresas já foram parte em duas outras ações coletivas e foram condenadas ao pagamento de indenização moral coletiva de R$ 30.000,00”. Assim, a indenização de R$ 5 milhões, “é proporcional à reiterada violação perpetrada, dentro da razoabilidade e adequada às peculiaridades das partes e do caso concreto, devendo ser mantida por esta Corte Superior”. Para o relator, o comportamento da empresa é “absolutamente reprovável, atingindo e afrontando diretamente a dignidade e a honra objetiva e subjetiva dos empregados sujeitos a tais condições degradantes de trabalho”.

O julgamento começou no TST no dia 4 deste mês, na Primeira Turma, e foi suspenso devido ao pedido de vista do ministro Walmir Oliveira da Costa. Inicialmente, a Construtora Lima Araújo Ltda. foi condenada pelo juiz de primeiro grau a pagar uma indenização de R$ 3 milhões. O Ministério Público recorreu e o valor alterado para R$ 5 milhões pelo TRT do Pará e mantido agora pela Primeira Turma do TST.

A sala de sessão de julgamento da Primeira Turma estava lotada, com a presença de jornalista de vários veículos de comunicação. O ministro Lelio Bentes Corrêa, que presidiu a sessão, ao proferir seu voto, destacou que o trabalho escravo é na verdade um crime contra a humanidade, “equivalente à tortura e ao genocídio.” Processo número: RR—178000-13.2003.5.08.0117


FONTE: BLOG DO SAKAMOTO

RESPEITO AO CONSUMIDOR!!!

Kátia Abreu e pecuaristas atacam esforços por uma produção limpa. À frente da CNA, a senadora esquece que ocupa uma cadeira no Congresso, onde deveria defender o cumprimento das leis.
Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) propõe manter na ilegalidade o setor que ela representa. Primeiro, ela foi à Justiça pedir a suspensão da campanha do Ministério Público “Carne Legal”, que recomendava aos consumidores verificar a origem do produto. Conseguiu. Não satisfeita, foi à imprensa para pisar nos acordos que o MP tem feito com frigoríficos para regularizar sua produção na Amazônia. Segundo ela, a carne bovina que vem do bioma não tem origem legal. “E nem tem como ser”, disse, espanando qualquer esperança dos consumidores de que poderão comprar um produto livre de desmatamento e trabalho escravo.

Kátia não foi a única. Esta semana, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) soltou uma carta aberta também mandando às favas os direitos do consumidor. Nela, a entidade critica os frigoríficos Marfrig e JBS por terem assumido compromisso público de não comprar mais gado criado em áreas desmatadas, unidades de conservação e terras indígenas. E ameaçam fazer um boicote a eles, caso continuem tentando limpar sua cadeia de produção.

“O trabalho dos frigoríficos é uma resposta às novas exigências do mercado e dos consumidores. Quando eles dizem que não vão comprar mais de desmatamento, estão exatamente se adequando a essas exigências. E quanto a não comprar mais de áreas protegidas, só estão cumprindo a lei, o que parece estar incomodando a senadora e a Acrimat”, observa Marcio Astrini, da Campanha Amazônia do Greenpeace. “É lamentável ver entidades que deveriam enaltecer os que respeitam a lei incentivando seus associados a práticas ilegais. Estão prestando um desserviço ao próprio setor”.

Sem propor soluções, Kátia Abreu apenas jogou para o alto iniciativas que puxam os produtores para a legalidade. “Acho que esses termos (de ajuste de conduta) são uma farsa, não são factíveis, não serão cumpridos”, disparou, ao jornal Estado de S. Paulo. A senadora se refere aos cerca de 80 Termos de Ajuste de Conduta (TACs) assinados quando procuradores federais do Pará pediram indenização de R$ 2 bilhões por danos ambientais de 11 frigoríficos e 20 fazendas de gado do estado. Uma pequeníssima fatia do problema.

Se fossem contabilizados os danos por toda a Amazônia, os bilhões seriam bem mais gordos. Talvez não tanto quanto o setor da CNA tem lucrado nos mercados internacionais. Maior exportador de carne bovina do mundo, o Brasil levou mais de US$ 4 bilhões em vendas lá fora, só no ano passado. O dinheiro, pelo que diz Katia, parece ser suficiente para justificar a ilegalidade. Mas o passivo deixado pela boiada também não é baixo. Dos mais de 73 milhões de hectares de nossa floresta tropical que já foram para o chão, 80% virou pasto para gado.

Elevado a campeão do setor, o país recebeu outro título por conta das derrubadas: o de quarto maior poluidor do mundo. Mas isso é bobagem para a senadora. Líder do agronegócio, ela sabe bem onde o setor está pisando. É a própria CNA quem dá os dados: 90% dos produtores rurais na Amazônia não têm registrado área de reserva legal – a porção de terra que deve ser preservada em suas propriedades. E o mesmo percentual não tem um documento sequer junto aos órgãos públicos para identificação de seus territórios. Ou seja, aos olhos do Estado, é terra de ninguém.

E é ali mesmo, em área fantasma, que Kátia prefere deixar a pecuária produzindo. Palavras dela: “Hoje não existe rastreabilidade da origem da carne, e a Amazônia será o último lugar onde isso será possível no país”, afirmou, sem dar sinais de ter um mínimo de vontade para mover um um boi e mudar esse caminho.

Sobre a atuação do Ministério Público, a senadora tira da cartola o discurso pronto que todo ruralista adora quando lhe falta argumento: o órgão está “capturado pela ideologia das ONGs”. O que os procuradores estão fazendo, no entanto, não vai um passo além de seus deveres, de fiscalizar o cumprimento das leis no país.

Já os deveres de senadora, Kátia parece ter deixado na gaveta. Trocou os interesses dos cidadãos, no Senado, pelos anseios do agronegócio, na CNA. E em nome das receitas de exportação que a pecuária tem rendido aos seus pares, pouco importa se o dinheiro vem de uma produção que destrói, está fora da lei ou usa mão de obra escrava. "Quem vive do voto do problema realmente deve ficar furioso quando vê iniciativas que buscam soluções", diz Marcio Astrini. O legal mesmo, parece, é o ilegal.


FONTE: GREENPEACE/BRASIL

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

MEIO AMBIENTE

A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza anunciou nesta terça (10) que irá financiar a partir de agosto 19 projetos de conservação da biodiversidade. Ao todo, a organização deve doar R$ 500 mil aos projetos, que podem variar de um a dois anos.

Os projetos foram selecionados de uma lista com 168 propostas inscritas no edital do primeiro semestre do ano e serão desenvolvidos em 14 estados brasileiros. Eles contemplam o ambiente marinho e três dos seis biomas brasileiros (Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga).

A fundação também recebe até o dia 31 de agosto inscrições para novos projetos. Os projetos aprovados neste novo edital começarão a receber as doações a partir de janeiro de 2011. Podem concorrer projetos de organizações não-governamentais ou fundações ligadas a universidades que contribuam para a conservação da natureza no Brasil. As inscrições devem ser feitas no site da Fundação O Boticário.

Os projetos devem estar enquadrados nas linhas temáticas definidas pela organização, como ações e pesquisa para a conservação de espécies e comunidades silvestres em ecossistemas naturais ou ações para a restauração de ecossistemas naturais.

A Fundação O Boticário é uma das principais financiadoras de projetos em conservação da natureza no Brasil. Em 20 anos de atuação, já doou mais de U$ 9,2 milhões (R$ 16 milhões) para 1.218 projetos de quase 400 instituições em todo o Brasil.


FONTE: FOLHA AMBIENTE

aquicultura e pesca

.Pela primeira vez, o segmento de aquicultura e pesca participa da GranExpoES 2010 com uma programação diversificada e exposição com grandes atrativos para o público. Numa área de 800 m2, dedicada apenas a essa cadeia produtiva, haverá mais de 20 aquários gigantes com diversas espécies de peixe, pesque-pague, pesca de arremesso, oficina de pesca, escolinha de vela e surfe, feira náutica, além de palestras em auditório e do espaço gourmet na Praça da Alimentação com oficinas gastronômicas à base de pescado.




Segundo o gerente Estadual de Aquicultura e Pesca da Secretaria Estadual da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Armando Fonseca, funcionarão duas cozinhas, uma das Associações dos Pescadores e outra das Associações dos Aquicultores. Paralelamente à comercialização de pratos como bolinhos de peixe e mariscos, entre outros, serão realizadas aulas e cursos. Dessa forma, o público poderá aprender o preparo de bolinhos de manjuba e de aparas de filé de tilápia, iscas de filé de curimatã, filé de traíra sem espinhos e costelinha de tambaqui.

Somando-se às possibilidades culinárias dos diversos pescados, será desenvolvida também uma programação técnica, com palestrantes renomados nacional e internacionalmente. O destaque será a palestra de Fernando Kubtza, doutor em Aqüicultura pela Auburn University, no Alabama, nos Estados Unidos, e autor de diversos livros e artigos publicados no Brasil e exterior. Marcada para as 14 horas desta quinta-feira (12), no auditório 1, a palestra dele abordará a “Sustentabilidade na produção de tilápias – a aquicultura como ferramenta para o desenvolvimento e conservação ambiental”.




Nessa mesma data e local, a partir das 16h30, também haverá uma palestra da pesquisadora Érika Fabiane Furlan, conhecida nacionalmente pelos trabalhos desenvolvido no Instituto de Pesca de São Paulo. Ela falará sobre “Boas práticas de manipulação de pescados a bordo, na indústria e nos pontos de venda”.Já nesta sexta-feira (13), às 9 horas, no auditório 5, o pesquisador Sérgio Tamassia, da Epagri/SC abordará a “Gestão Aquícola: como não perder dinheiro na aquicultura”.


Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Seag
Karyna Amorim
Tels: (27) 3636-3700 / 9944-1358
karyna@seag.es.gov.br

ORDENHA HIGIÊNICA DE BOVINOS

Utensílios simples, associados a uma cartilha contendo orientações técnicas a respeito de ordenha manual, podem promover uma grande revolução na pecuária de leite familiar brasileira: é o Kit de Ordenha Manual Higiênica. Trata-se de uma tecnologia social, ao alcance dos pequenos produtores. O kit prova que se pode obter, na ordenha manual, leite com a mesma qualidade higiênica (ou até melhor) daquele obtido na ordenha mecânica. No Brasil, grande número de produtores (mais de 80%) retira leite manualmente. A contagem bacteriana, um dos fatores que determinam a qualidade do produto, costuma ser bastante alta neste tipo de ordenha. Isto ocorre devido a procedimentos incorretos que levam a uma higiene deficiente tanto dos tetos da vaca quanto das mãos dos ordenhadores e dos utensílios utilizados



FONTE: EMBRAPA GADO DE LEITE

DEFESA SANITÁRIA

.O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento conseguiu garantir ontem (10) que o orçamento voltado para despesas com ações diretamente relacionadas à segurança da sanidade agropecuária ficará intocável a partir do próximo ano. Até agora, os recursos aprovados para esse fim poderiam ser contingenciados ao longo do tempo. Para este ano estavam previstos R$ 230 milhões para segurança da sanidade, mas R$ 113 milhões foram cortados. De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Jardim, a pasta da agricultura ainda não desistiu dessa verba, mas só poderá obtê-la após a eleição por causa da regra da Justiça Eleitoral.

A garantia para a agricultura ocorreu por meio de uma sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para o setor agrícola, também tiveram esse benefício despesas relativas ao Fundo de Mudanças Climáticas e relacionadas às ações de desenvolvimento científico e difusão de conhecimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). "Isso é uma vitória para nós, pois era uma luta antiga na Agricultura", disse Jardim.

Os recursos para a sanidade agropecuária podem ser usados na prevenção e erradicação da aftosa, para controle de pragas e de portos e aeroportos do País, entre outros. O secretário salientou que a medida é importante porque há continuidade do trabalho planejado no início de cada ano. Para o próximo ano, Jardim espera um montante destinado a essa área próximo a R$ 200 milhões. A proposta foi apresentada pelo presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Waldemir Moka (PMDB-MS), acolhida pelo relator senador Tião Viana (PT-AC).

As informações são da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint

domingo, 8 de agosto de 2010

INCLUSÃO SOCIAL

A agricultura jovem do Brasil
Publicado em 29/07/2010

Em artigo, o engenheiro agrônomo e diretor para Assuntos de Meio Ambiente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), José de Sampaio Góes, argumenta que o Brasil só terá uma agricultura equilibrada e altamente produtiva nos próximos anos, se conseguir estancar o êxodo da população rural jovem





Da Redação

Em artigo, o diretor para Assuntos de Meio Ambiente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), José de Sampaio Góes, argumenta que o Brasil só terá uma agricultura equilibrada e altamente produtiva nos próximos anos, se conseguir estancar o êxodo da população rural jovem.

Segundo Sampaio, somente novas politicas agrícolas tornarão nossa agricultura, tanto econômica, como intelectualmente interessante para esses jovens, já que atualmente o campo pouca oportunidade de realização lhes oferece.

“Será necessário remunerar o agricultor por outras funções que ele deve desempenhar, não propriamente ligadas à produção de matérias primas tais como: a ocupação territorial, a preservação das paisagens, a proteção ao meio ambiente, etc.., esta remuneração deverá ser criada e legalmente garantida em caráter permanente.”

Sampaio também avalia que o desenvolvimento da produção agrícola para fins energéticos, representa uma grande perspectiva de crescimento econômico para países em desenvolvimento, porém a realização destas propostas dependerá de uma adequada política de preços e mercados


FONTE: SOCIEDADE RURAL BRASILEIRA

PRA VC PENSAR !!!!

Brasil pode dobrar produção sem ameaçar meio ambiente
Publicado em 30/07/2010

Ministro Wagner Rossi defende a recuperação de 100 milhões de hectares de terras degradadas




Da Redação *

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, disse nesta quinta-feira (29), que o Brasil pode manter o aumento da produtividade do setor agropecuário sem qualquer ameaça ao meio ambiente. “Somos o único país que tem essa área de terras degradadas – são mais de 100 milhões de hectares, portanto, não precisa derrubar nenhuma árvore para dobrar a produção”, disse Rossi, durante o programa “Bom Dia, Ministro”, transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) a emissoras de rádio espalhadas pelo país.

Ele reiterou que será possível ao País, nos próximos anos, recuperar as áreas degradadas e dobrar a produção de alimentos. “Os Estados Unidos já exauriram suas terras, na Austrália não há mais como aumentar a produção, a Europa não tem mais onde plantar e o Oriente também não tem onde plantar. Uma parte enorme do globo terrestre é ocupada por terras que não tem qualidade para a agricultura”, comentou Rossi. “Nós temos terra, insolação, água – que é uma riqueza extraordinária. Essa bênção especial, que nós temos nessa terra admirável nos dá a condição de alimentarmos o mundo hoje e mais ainda no futuro”.

Wagner Rossi comentou que o Ministério da Agricultura completa 150 anos no momento em que o mundo assiste a um boom da produção agrícola brasileira. Ele lembrou que o Brasil ocupa hoje o primeiro lugar no ranking de exportação do açúcar, café em grãos, carne bovina, carne de frango, suco de laranja, tabaco e etanol. Atualmente, o País é vice-líder global na venda de soja, está na terceira posição, no ranking mundial, nos embarques de milho e em quarto lugar nas exportações de carne suína.

O ministro destacou a liderança brasileira na produção, com 147 milhões de toneladas de grãos produzidas este ano, e consciente de sua responsabilidade de cuidar do meio ambiente. “Isso foi obtido em condições muito especiais, pois não houve aumento de área de produção”, disse. Entre 1990 e 2009, a área plantada de grãos subiu 1,7% ao ano, enquanto a produção cresceu 4,7%.

Rossi afirmou que o Brasil é o país com maior cobertura natural vegetal preservada no mundo. “Temos 55% de cobertura original mantida e preservada. O governo do presidente Lula tem dado uma grande ênfase à preservação desses recursos extraordinários, que são a Amazônia e as matas de outros biomas”, afirmou.

Ele citou o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), incluído no Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011, com R$ 2 bilhões em investimento, que permitirá manter alta produtividade no campo, diminuindo a emissão de gases de efeito estufa e redução de 83 a 104 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2). “O que nunca havia recebido estímulo do governo vai ser incentivado a produzir, cuidando do meio ambiente e incorporando práticas que consorciam o aumento da produção e a preservação do meio ambiente”, disse.

“As pessoas que, às vezes, defendem a natureza têm uma boa intenção, mas não conhecem o processo produtivo rural, não são capazes de entender que é perfeitamente possível compatibilizar produção e preservação. Ninguém quer que haja erosão, assoreamento, ninguém deixa de proteger um manancial na sua propriedade. Quem mais preserva no Brasil é o produtor rural”, disse, ao tratar do novo Código Florestal brasileiro.

Durante entrevista no programa “Bom Dia, Ministro”, Rossi disse que a nova legislação não prejudica em nada a preservação, apenas representa um “entendimento” de como o processo produtivo acontece no Brasil. “Produzir e preservar não são incompatíveis”, reforçou.

O ministro destacou ainda a importância de investimentos em floresta plantada, uma vez que ela diminui a agressão em florestas naturais. Uma das áreas mais promissoras nesse setor, segundo ele, são as florestas de eucalipto que, com financiamentos específicos, despertam o interesse de empresários.

“Os ambientalistas têm todo o direito a ideias e opiniões, mas não podem parar o país”, disse. “Os ambientalistas que me desculpem, mas não podem fazer regras contra o povo, contra quem está levando o Estado para frente. Temos que ter cautela, normas. E elas serão respeitadas”, completou Rossi.

* Com informações da Assessoria de Comunicação do MAPA




FONTE: SOCIEDADE BRASILEIRA RURAL

código florestal

Má restauração de floresta pode ser pior que manter área devastada
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SABINE RIGHETTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Obrigar agricultores a recuperarem áreas devastadas em grandes propriedades (com mais de quatro módulos agrícolas), como propõe o novo Código Florestal, pode ter impactos desastrosos ao meio ambiente.

Isso porque nem todas as recuperações de áreas ambientais são feitas com vegetação nativa e adequada para as características do bioma.

"Já vi plantio de árvores em regiões com pouca água que acabaram morrendo por competição. A região ficou sem vegetação e a morte das árvores gerou carbono", exemplificou a engenheira florestal Giselda Durigan, do Instituto Florestal do Estado de São Paulo.

O plantio de vegetação exótica (não nativa) é outro problema comum nas recuperações florestais promovidas por agricultores. "Ao tentar restaurar uma área, um agricultor pode destruir um ecossistema", diz Durigan.

O novo Código Florestal determina que no máximo 50% das áreas recuperadas podem ser compostas por espécies exóticas.

"Mas não está claro qual é a riqueza da flora que deve ser plantada, alternando plantas exóticas e nativas. Posso plantar só café e peroba na minha reserva?", questiona-se o biólogo Sergius Gandolfi, da USP de Piracicaba.

PLANO B

Uma alternativa à recuperação de uma área devastada, para Durigan, do Instituto Florestal, pode ser a compensação, ou seja, a compra ou doação à União de área preservada de mesma proporção do que foi devastado pelo agricultor.

Para o biólogo Otávio Marques, do Instituto Butantan, no entanto, a compensação florestal não resolve o impacto ambiental da fauna.

"Não se pode tirar um réptil de uma área e colocar em outra região distante. Espécies diferentes não vivem em regiões distintas", explica.

O novo Código Florestal obriga grandes agricultores --donos de 80% da área rural do país-- a restaurarem APPs (áreas de proteção permanente) desmatadas e dá incentivos econômicos para proprietários as restaurarem.

Gandolfi, da USP, é contra incentivos para preservação de florestas em propriedades agrícolas. "Não há incentivos para que as fábricas não emitam poluentes na atmosfera", compara.

A discussão sobre o novo Código Florestal aconteceu nesta terça-feira (3), na Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), em uma reunião de cientistas organizada pela coordenação do projeto Biota/Fapesp.

O novo Código Florestal, proposto pelo deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), foi aprovado no mês passado por uma comissão do Câmara, e ainda precisa ser votado no Congresso.

fonte: FOLHA.COM

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

CONCURSO IDAF/ES

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Prezado Waldir

A previsão de lançamento do edital é novembro deste ano. Serão 279 vagas dentre nível médico técnico, tecnólogo e superior. A empresa para a realização está em fase de contratação. No site do Idaf serão disponibilizadas todas as informações.

Att,

Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Espírito Santo
Rua Raimundo Nonato - 135 - Forte

" ESTA AÍ PESSOAL VAMOS LÁ ESTUDAR "

ORGÂNICOS DÃO LUCRO AO PRODUTOR

19.04.2010 | 03:20

Sebrae

Agricultor lucra com hortaliças orgânicas

WILLAME SOUSA



Joedivam Silva Rocha prepara o composto utilizado como fertilizante natural das hortas
Jeoedivan Rocha tem 34 anos de idade, 20 anos de agricultura química e seis anos de agricultura orgânica. Poderíamos apenas dizer que são 26 anos de dedicação ao cultivo da terra. Mas as etapas precisam e devem ser separadas. Afinal de contas, o respeito ao meio ambiente e à saúde veio apenas após o agricultor frequentar as aulas do curso de Agricultura Orgânica, ofertado em 2004 pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), iniciativa que revolucionou a forma de plantar deste filho de agricultores que desde os oito anos trabalha na roça.

Com o certificado, Rocha diz que o treinamento trouxe mais do que conhecimento. Ele ganhou saúde sem precisar abandonar a única atividade que sabe desempenhar. Atividade esta que garante o sustento dele, da mulher, a agricultora Carla Lima, 34, e da filha, a estudante Joana Rocha, 13. Ele faz parte da Hortvida (Associação dos Produtores Orgânicos de Boa Vista).

Rocha desde cedo aprendeu que os produtos químicos eram os mais eficazes para fertilizar a terra e combater as pragas. Mas ele não sabia que ao mesmo tempo em que tornava a área a ser cultivada mais fértil agredia o meio ambiente e, muito menos, que o mesmo veneno que matava as pragas o fazia morrer um pouco a cada dia.

"Fui intoxicado e diagnosticado pelos médicos. Eu sentia tontura e enjoo, minha pele não suava mais, as mãos inchavam e ficava com as juntas doloridas", relembrou. Os sinais eram a evidência de que algo ia errado com a saúde do agricultor. Entretanto, não havia alternativa para o sustento da família. Abandonar a produção de alface, cebolinha, couve, almeirão, pimenta, limão, mostarda, rúcula, rabanete, jiló e pepino na chácara Copaíba, região conhecida por Jardim das Copaíbas, no Distrito Industrial, significava perder a renda no final do mês.

"O Sebrae mandou um consultor vir me procurar para fazer parte deste curso de agricultura orgânica. Aceitei meio ressabiado porque eu não acreditava que era possível fazer agricultura orgânica. Mas consegui e hoje acredito muito, porque a agricultura orgânica é boa para a saúde e respeita a natureza. Meu cliente hoje está mais contente com o que faço e vem de longe, lá do Caçari e do Paraviana, comprar aqui", disse ele, sorridente.

No entanto, nem tudo são flores, e Rocha explicou que há sequelas dos anos em que ficou exposto aos agrotóxicos, algo que não apaga o conhecimento adquirido, os clientes conquistados e o sorriso no rosto dele. "Com certeza, o Sebrae me ajudou muito. Foi um parceiro que mudou a minha vida, porque hoje o meu produto tem qualidade e eu sei tratar bem meu cliente, manusear e dar mais valor à minha propriedade e respeitar o meio ambiente".

Atualmente, esclareceu o agricultor, para adubar a terra é utilizada a própria vegetação da propriedade. A urina de uma vaca e de um boi e dos caprinos também é adicionada na produção do "composto", que é o adubo orgânico, para fermentá-lo. "A vaca e as cabritas também fornecem leite, que eu comercializo para ajudar na renda no final do mês, além de usá-lo para consumo próprio", acrescentou

O Sebrae também o ensinou a utilizar as folhas de uma árvore cultivada no próprio quintal de Rocha para combater as pragas das plantações e servir de repelente.

Produção rende R$ 3 mil por mês
FONTE: SEBRAE

PRODUÇÃO ANIMAL E HORTALIÇAS ORGÂNICAS

Sistemas Integrados de Produção Animal e de Hortaliças Orgânicas na Região Serrana do RJ

João Paulo Guimarães Soares - Pesquisador - Embrapa Agrobiologia

A maior concentração de Agricultores Familiares do Estado do Rio de Janeiro se encontra na Região Serrana. A maioria destes pratica a agricultura convencional com grande dependência de insumos industriais externos a propriedade. Esses insumos, além de caros, geram comprometimentos a saúde do homem e dos animais, assim como do solo e da água, sendo estas atividades ocorrendo justamente em área de Mata Atlântica causando grande impacto ambiental. Pelo exposto um projeto de integração de produção animal e vegetal em sistemas orgânicos de produção já se justifica , mas também há necessidade ainda de se garantir as condições mínimas para que, principalmente, os agricultores familiares, construam conhecimento em práticas e processos agroecológicos consolidando os saberes locais em conjunto dos técnicos e tornando perene o seu trabalho em sistemas de produção orgânica, agregando valor ao produto e, consequentemente, melhorando a renda familiar. A

A introdução de animais como parte integrada dos agroecossistemas tropicais é considerada essencial como prática agroecológica visando a transição para sistemas sustentáveis, visto que seus dejetos são fontes primordiais de matéria orgânica para fertilização das áreas de lavoura e de pastagens, via compostagem, além da melhor distribuição da renda do agricultor, principalmente daqueles com culturas estacionais, onde o produto de origem animal fornece proteína de qualidade e retorno mensal durante todo o ano. Assim o objetivo deste projeto é trabalhar com processos naturais ao invés de tentar dominá-los via artifícios e por minimizar o uso de recursos naturais não renováveis; tais como, o combustível fóssil utilizado para a manufatura de fertilizantes e pesticidas. Os princípios da agroecologia aplicados aos sistemas de produção orgânica também englobam altos padrões de bem-estar animal e o melhoramento da infra-estrutura de ambiente da propriedade.

A proposta foi de integrar a criação animal nas unidades de produção agrícola orgânica de hortaliças dos cooperados da Associação de Produtores Orgânicos do Vale do Rio Preto - Horta Orgânica, utilizando práticas de bases agroecológicas. Como o projeto está em andamento, inicialmente foram introduzidos duas cabras leiteiras e 50 aves de postura para 10 agricultores no primeiro ano, depois para o restante: sendo 20 no segundo e 30 no terceiro ano, identificados conforme metodologia de construção participativa.

Serão ainda utilizadas duas unidades de produção que já adotam o manejo em bases agroecológias com o unidades de referência. A partir dessas, pretende-se introduzir o manejo nas demais unidades de produção com o objetivo de torná-las unidades de produção auto-suficientes utilizando os resultados de pesquisa em tecnologias agroecológicas desenvolvidas na Fazendinha Agroecológica do KM 47-Embrapa Agrobiologia/Solos; CTUR/UFRRJ e Pesagro-Rio.

Como resultados parciais obtidos, visto que o projeto vem sendo desenvolvido há quase dois anos sendo, porém no primeiro somente para implantação, observou-se com base na realidade local da região serrana do Rio que, a partir de simulações que a receita liquida da produção animal em transição é suficiente para cobrir todos os custos da produção vegetal com sobra de R$246,00 reais por ano que como valor bruto não é significativo. Entretanto foi constatado que houve um aumento da renda mensal do produtor rural integrado (vegetal + animal) em R$666,33 reais, representando um aumento em 43,4% sobre o valor de R$1535,00 reais mensais que eram obtidos apenas com a produção vegetal. Deve-se também ressaltar que o valor da produção vegetal é recebido no período de 8 meses, mas que no entanto deve ser utilizado em 12 meses.

Com base nestes valores embora preliminares podemos auferir que além da melhoria da renda mensal dos produtores ocorre um melhor distribuição da renda ao longo do ano que passa do valor de R$1535,00 reais para R$2201,33 reais/mês durante 12 meses.

Por outro lado, vários resultados referentes ao comportamento da família na unidade produtiva com a presença dos animais muda. A rotina diária com o manejo alimentar e de criação aproxima o jovem rural das atividades praticadas pela família estimulando o mesmo a permanecer na atividade sem tentar buscar outras atividades na cidade, assim como aumenta a presença da mulher no trabalho diário junto ao marido, principalmente pela tendência de trabalhar com bastante cuidado com os pequenos animais, representando este fato como uma valorização na sua contribuição na labuta para manutenção econômica familiar.

Enfim espera-se contribuir efetivamente no crescimento das comunidades envolvidas, sendo o resultado deste trabalho não apenas relativo a ganhos econômicos para o pequeno produtor, que é muito relevante, mais o da certeza da produção sustentável, pois abrange a preocupação ambiental promovendo em todos estes aspectos a verdadeira Inclusão Social


FONTE:EMBRAPA AGROBIOLOGIA

produtor de água

Produtor rural poderá receber por produzir água



Remunerar os produtores rurais pela correta conservação do solo, manutenção da qualidade dos recursos hídricos, entre outros serviços ambientais que beneficiam a sociedade em geral é o objetivo do Projeto Produtor de Água. O lançamento oficial aconteceu em Joanópolis e Nazaré Paulista, municípios que serão os pioneiros do projeto no Estado de São Paulo, para que, no futuro, possa ser implantado em todo o território paulista, dependendo dos resultados obtidos. O pagamento por serviços ambientais já está ocorrendo, com sucesso, no município de Extrema (MG) e em Rio Claro (RJ). Isso demonstra que o mesmo pode acontecer no Estado de São Paulo.



O Projeto Produtor de Água é um trabalho em parceria entre a organização não governamental The Nature Conservancy (TNC), Prefeitura Municipal de Extrema (MG), Agencia Nacional de Águas (ANA), Global Environment Facility, Banco Mundial, Secretaria do Meio Ambiente e Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio da CATI. Além disso, conta com o apoio dos Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí e a Caterpillar.



Na oportunidade, o eng.º agr.º João Bruneli Júnior, da CATI, explicou que de uns tempos para cá, a instituição começou a mudar sua forma de atuação e deu início ao Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas, que tem como objetivo produzir com preservação dos recursos naturais, promovendo, assim, a sustentabilidade do agronegócio. Ele destacou que, em São Paulo, cada microbacia tem uma realidade diferente e muitas estavam totalmente sem água, devido ao desmatamento. “Essa região é diferenciada por ser grande produtora de água e merece ter um retorno financeiro por isso. Mas, sozinho ninguém faz nada e a organização dos produtores é que vai proporcionar a realização de mais um programa, que vai gerar muitos frutos para todos”.



Para Helena Carrascosa, da Secretaria do Meio Ambiente (SMA), que esteve em Joanópolis, “meio ambiente e agricultura têm que ser pensados juntos. “Afinal, o agricultor além de produzir alimentos, produz também diversos serviços ambientais que beneficiam toda a comunidade. Quem planta floresta produz água e quem produz água merece ser pago por isso”.



Roberto Meneghini, também da SMA, esteve na solenidade de Nazaré Paulista. Para ele, a maior vocação do município é produzir água. “Com a organização dos produtores esperamos que esse projeto dê certo e se transforme numa política pública, onde os pagamentos passem a ser feitos pelo Governo do Estado de São Paulo”.



Aurélio Padovezi, da TNC, explicou como os produtores rurais desses municípios podem se tornar produtores de água. Ele enfatizou que muitas coisas já foram implantadas nas propriedades por meio do Programa de Microbacias Hidrográficas, desenvolvido pela CATI e pelo Programa de Recuperação de Mata Ciliar, da Secretaria do Meio Ambiente. Aurélio destacou que os serviços ambientais são ações que vão gerar água e ar de boa qualidade, solo e florestas conservadas e chuvas e temperaturas reguladas. Para tanto, os produtores vão receber assistência técnica, mudas, insumos e serviços que vão possibilitar a recuperação e conservação das áreas. “Desde 2005, o Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí recebe um percentual pela água consumida, só falta agora repassar a quem a produz”, finalizou.



As microbacias do Ribeirão do Cancã, em Joanópolis e a do Ribeirão do Moinho, em Nazaré Paulista não foram escolhidas aleatoriamente. Segundo o eng.º agr.º Alcides Ribeiro de Almeida Júnior, diretor da CATI Regional Bragança Paulista, esses ribeirões são de grande importância pois alimentam as represas do Cachoeira e a do Atibainha, que junto com outras formam o Sistema Cantareira, que leva água para mais da metade da Grande São Paulo, cerca de nove milhões de pessoas, e, mais cinco milhões, na Bacia do Piracicaba.



O Projeto Produtor de Água terá o período de três anos, mas todo o trabalho que vem sendo feito é para que se torne permanente. O produtor rural que aderir ao projeto poderá receber o pagamento de até R$125,00/ha/ano em área de preservação permanente (APP) recuperada, R$75,00/ha/ano conservação de solo e R$ 125,00/ha/ano em floresta conservada. A expectativa é estimular técnicas de conservação do solo em 390 hectares, recuperar 208 hectares de APP e conservar 540 hectares de florestas.



Para mais informações, os interessados podem procurar as Casas da Agricultura de Joanópolis e Nazaré Paulista. Para adesão, devem também fazer o credenciamento e marcar uma visita para que o técnico, junto com o produtor, faça o projeto específico para aquela propriedade FONTE: CATI

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

concurso IDAF/ES

OLA PESSOAL, ESTA PRA SAIR O CONCURSO IDAF/ES, O EDITAL DEVE SAIR ATÉ O FINAL DO ANO, ENTÃO VAMOS ESTUDAR, ATÉ LA PESSOAL E BOA SORTE A TODOS