Sergio Cabral deveria ter refletido, assumido a culpa, dizer que é responsável sim. Não há demérito em chamar para si a responsabilidade, é coisa dos grandes homens, de estadistas. Mas o nosso governador é pequeno, se fosse um cabo de vassoura no Palácio Guanabara não seria diferente
Ano passado as chuvas de Verão em Angra dos Reis matou centenas de pessoas, além de dezenas de Niterói. Esse ano o número chegou a mais de 600 na Região Serrana e o governador Sergio Cabral em ambas estava distante e não assumiu a culpa, é o povo que vive nas encostas, é a Prefeitura (apesar de todas terem o apoiado na eleição) que deu autorização para isso. Ele Governador só pode receber os louros, nunca as acusações e nossa imprensa é conivente.
Sergio Cabral deveria ter refletido, assumido a culpa, dizer que é responsável sim. Não há demérito em chamar para si a responsabilidade, é coisa dos grandes homens, de estadistas. Mas o nosso governador é pequeno, se fosse um cabo de vassoura no Palácio Guanabara não seria diferente.
A imprensa carioca, dependente das centenas de milhões que o governo estadual gasta em publicidade, se faz de cega. Já imaginou se fosse na época de Garotinho ou de outros? Iam ser editoriais semanais pedindo a renúncia, o impeachment, o linchamento público deles. Não chego a tanto com Sergio Cabral mas gostaria de ver os grandes jornais tomarem uma posição crítica quanto a ele.
O exemplo de Areal em que graças a um simples aviso por carro de som que evitou fatalidades mostra que centenas de mortes foram causadas pela incapacidade do Poder Público. Se é sabido que moram tantos em áreas de risco (o que, convenhamos, não era exatamente o caso de muitos bairros) porque não se tinha um sistema para emergências. Nem que fosse por SMS, ráido, sirenes, um alerta da Defesa Civil pedindo as pessoas para irem para lugares seguros.
A crise era anunciada, como mostrou uma matéria da Folha de São Paulo, nada foi feito. Sergio Cabral foi omisso, priorizou um museu no lugar da população. E, infelizmente, ficará por isso mesmo.
fonte:diário do Rio de Janeiro
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