sexta-feira, 29 de julho de 2011



DF: Embrapa aprova eficácia do Biofórmula Leite



Suplemento alimentar ajudaprodutores a seguirem as exigências da IN 51/2002 do Ministério da Agricultura. Produtocontrola contagem de células somáticas e melhora qualidade do leite.

Brasília/DF
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) validou a eficácia do suplemento alimentar Biofórmula Leite. A pesquisa analisou a ação do produto em 40 vacas. Depois de 62 dias de uso do Biofórmula, os animais apresentaram aumento na absorção de nutrientes, estímulo no desenvolvimento de bezerros, prevenção de infecções intestinais e aumento da fertilidade do rebanho.

O suplemento à base de microorganismos vivos afeta de forma benéfica o hospedeiro e promove o balanço da microflora intestinal. Na pesquisa, foi analisado o controle da Contagem de Células Somáticas (CCS). Esse indicador aponta o grau de infecção da glândula mamária do animal. O uso do produto conseguiu manter os índices de CCS abaixo do nível exigido pela Instrução Normativa nº 51/2002 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A validação do produto foi feita por meio de resultados em mais de três experimentos. Em todos eles, a suplementação melhorou a qualidade do leite e levou a uma redução média de 53% na contagem de células somáticas. O produto é vendido aos pecuaristas por uma empresa privada.

Saiba mais
Instrução Normativa 51/2002 - Estabelece os padrões físico-químicos mínimos exigidos para a produção, identidade e qualidade do leite.

Contagem das Células Somáticas (CCS) - É o índice que determina a qualidade do leite por meio da análise da saúde da glândula mamária do animal. A contagem de células somáticas tem relação direta e indicativa da prevalência de mastite na composição do leite, riscos de contaminação por antibióticos e probabilidade da presença de bactérias patogênicas. Rebanhos com uma menor qualidade de células somáticas apresentam maior produtividade.

Fonte: Mapa


Rio de Janeiro inaugura centro de pesquisa voltado ao desenvolvimento rural sustentável

Ceprus ocupará fazenda com 140 hectares, de propriedade do governo estadual

Os agricultores fluminenses terão a partir deste sábado, dia 30, um novo núcleo de apoio para adotar práticas agropecuárias sustentáveis. É Centro Estadual de Pesquisa para o Desenvolvimento Rural Sustentável (Ceprus), que será inaugurado em Macaé, no norte do Rio de Janeiro. Ele ocupará uma fazenda com 140 hectares, de propriedade do governo estadual.

De acordo com o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, o centro é uma iniciativa inédita na área de pesquisas. O projeto se insere no Programa Rio Rural, desenvolvido pela secretaria em parceria com o Banco Mundial (Bird), que visa a estabelecer uma convivência harmônica entre agricultura e meio ambiente.

– Para que fizéssemos isso com eficiência, precisávamos de pesquisas que indiquem as melhores práticas para ter de fato condições de transformar a agricultura em algo que possa permanecer ao longo do tempo – disse Áureo. O Ceprus vai congregar toda a tecnologia e o conhecimento voltados para o desenvolvimento rural sustentável, que estarão abertos à comunidade.

Serão apresentadas no centro práticas inovadoras em termos de propriedade rural, com várias unidades demonstrativas de produção agrícola com sustentabilidade. Os agricultores aprenderão com os pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro) a replantar áreas no entorno de nascentes com espécies de Mata Atlântica, a desenvolver a agricultura orgânica e a construir barragem subterrânea. Os produtores rurais também saberão como tirar o gado de áreas de encostas.

Segundo o secretário de Agricultura, o Ceprus reforça a posição de vanguarda do Rio de Janeiro na agricultura sustentável.

– O Rio hoje tem a melhor cobertura vegetal de Mata Atlântica de todos os Estados brasileiros. Temos cerca de 20% da área do estado de Mata Atlântica – disse Christino Áureo.

A intenção do governo é construir centros de pesquisa em vários municípios. Estão previstos para serem inaugurados, dentro da política de reestruturação da Pesagro, uma unidade especializada em agroenergia, em Campos, e outra voltada à produção de hortaliças e frutas de clima temperado, em Nova Friburgo.

AGÊNCIA BRASI

quarta-feira, 27 de julho de 2011

ORDENHA MECÂNICA !!

O Dia Especial da Bovinocultura Leiteira realizado pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) em parceria com o produtor rural, Benedito Sampaio, no município de São José do Rio Claro (315 km a Médio Norte de Cuiabá), contou com a participação de mais de cem pecuaristas da região e de outros Estados, com representantes do Paraná. Foi apresentando a ordenha mecanizada implantada há três meses que rendeu lucro para o produtor de R$ 0,15 na venda do litro do leite aos laticínios. Durante o evento, os pecuaristas tiveram informações na redução da mão-de-obra, aumento da produção e qualidade do leite que atenda as exigências do mercado. O município produz atualmente 240 mil litros de leite por mês.




Com um plantel de 200 cabeças de gado, sendo cem leiteiras, das raças girolanda e holandesa com uma produtividade de 200 litros de leite por dia, o produtor não sabia mais o que fazer para ordenhar as vacas. Conforme Sampaio, todo trabalho realizado na propriedade conta com a mão-de-obra familiar.



Com a implantação da ordenha mecânica, somente uma pessoa opera o equipamento para retirada do leite. Para melhorar a qualidade do produto e facilitar o trabalho, financiou recursos do Programa Mais alimentos do Governo Federal na ordem de R$ 25 mil para compra da ordenha mecânica e R$ 102 mil para aquisição de 34 vacas girolanda. “O nosso trabalho melhorou graças à assistência técnica da Empaer em nosso município”, destaca Sampaio.



A supervisora do escritório da Empaer, Tânia Regina de Oliveira, fala que com a aquisição da ordenha mecânica a qualidade do leite melhora, já que as condições de higiene também. Com a ordenha manual, o laticínio comprava o leite por R$ 0,60 o litro, com a mecânica R$ 0,75/litro. “Fico feliz em ver que o trabalho que estamos realizando neste município tem dado resultado no desenvolvimento da cadeia produtiva do leite. Queremos levar esse trabalho para outros municípios e mostrar que São José do Rio Claro está se tornando na terra de Oportunidades”, ressalta Tânia.



Durante o Dia Especial o produtor rural, Milton Caetano, considerado o maior produtor de leite do município com uma produção de 700 litros de leite por dia, relata que teve dificuldade em alimentar o gado no período da seca e a produção de leite reduziu pela metade. Com a implantação de dois hectares das forrageiras napier e cameron a alimentação melhorou a produção de leite. O corte das forrageiras é realizado a cada três meses, reduzindo os gastos do produtor com ração. Com recursos na ordem de R$ 95 mil comprou 25 vacas girolanda financiado pelo Programa Mais Alimentos.



O evento aconteceu no dia 23.07, no sítio Bela Vista, e os pecuaristas receberam informações sobre nutrição animal, pastagem rotacionária, ração de qualidade e cuidados com a alimentação no período de seca, Normativa 051 que regulamenta a coleta até a industrialização do leite e ordenha mecânica
 
Fonte: IEPEC

terça-feira, 19 de julho de 2011

SALTO DE PRODUTIVIDADE E QUALIDADE !!

: Produção de leite do Rio de Janeiro dá um salto de produtividade 



Fonte: Milknet

A produção leiteira do Estado do Rio, depois de décadas de estagnação, alcança índices elevados em todas as regiões fluminenses. A meta proposta pelo Governo do Estado é alcançar um bilhão de litros de leite por ano em 2015. De uma produção de apenas 460 milhões de litros em 2006, o setor já deu um salto para 600 milhões, aumentando cada vez mais sua participação no mercado consumidor fluminense que tem 16 milhões de pessoas.



A perspectiva de um crescimento ainda maior nos próximos anos comprova o acerto das políticas de incentivo adotadas pela Secretaria de Agricultura para o setor leiteiro. Graças ao apoio do governador Sérgio Cabral, a secretaria reduziu a zero a carga tributária das indústrias, manteve o incentivo ao produtor no pagamento mensal do leite e, ao mesmo tempo, permitiu que toda a cadeia produtiva se beneficiasse com a transferência de créditos de ICMS até a ponta do consumo, incluindo os supermercados.



– Isso fez com que a chamada Nota Rio, nota fiscal emitida por indústria do Estado do Rio, despertasse o interesse das redes de supermercados de comercializar o leite produzido no estado. As marcas fluminenses puderam ser oferecidas a preços inferiores aos de outros estados – acrescentou o secretário de Agricultura, Christino Áureo.



Estado atrai cada vez mais indústrias lácteas- O resultado foi um aumento do consumo estadual de leite e derivados e, numa relação de causa e efeito, uma crescente atração de novas indústrias de todos os portes para o território fluminense. A Nestlé, maior empresa de alimentos do mundo, iniciou a construção em Três Rios, no Centro-Sul Fluminense, de uma terceira fábrica no estado. A Bom Gosto adquiriu a planta industrial da Nestlé, em Barra Mansa, no Médio Paraíba. E a Parmalat, adquirida pelo grupo GP, está ampliando a fábrica em Itaperuna, na Região Noroeste Fluminense, município que também recebeu a Laticínios Marília, cuja inauguração será no início do segundo semestre.



– Diversos outros laticínios estão sendo ampliados, inclusive apoiados por outro programa do governo estadual, o Prosperar, voltado para a agroindústria familiar. Temos uma vasta lista de indústrias lácteas já instaladas e outras em fase de implantação no estado, em complementação às cooperativas – relatou Áureo.



Outro fator de crescimento é a atuação das cooperativas de produtores leiteiros. O segmento ganhou novo ânimo com a aprovação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) de leis que, ao lado de decretos e resoluções do Governo do Estado, permitiram a liberação para cooperativas e associações, ainda este ano, de R$ 60 milhões em créditos de ICMS retidos e de outros créditos decorrentes da desoneração da cadeia produtiva em 2009.



Rio Genética financia melhoramento da produção leiteira- Melhorar a produtividade do rebanho foi outra estratégia da secretaria. O Rio Genética é hoje, segundo Áureo, o maior programa estadual de melhoramento genético do país. Através de feiras, financiou mais de cinco mil animais em 2010 e a perspectiva é dobrar este número este ano, além financiar também sêmen e embriões.



– Faremos do Estado do Rio de Janeiro uma referência na genética leiteira – projetou o secretário.



A secretaria tem outro programa com o mesmo objetivo: o Rio Leite. Ele possui dentro da Emater-Rio e da Pesagro vertentes técnicas e de pesquisa agropecuária que trabalham a capacitação do produtor e a melhoria das condições de produção e alimentação animal.



A disseminação desses conhecimentos se dá através da série de encontros chamados Rio Leite com produtores, realizados periodicamente em uma região do estado. O último aconteceu esta semana em Resende, no Sul Fluminense, e os próximos serão dia 11 de agosto em Guapimirim, na Baixada, e, no dia 25 do mesmo mês, em São Sebastião do Alto, na Região Serrana. Nessas ocasiões, o foco será prioritariamente o resultado gerencial, uma das principais vertentes do programa.



Além disso, em 2012, a série deverá ser realizada também em fazendas onde a atividade leiteira é bem-sucedida. O formato vai ser replicado em todas as regiões fluminenses como uma forma, segundo Áureo, de os produtores conhecerem práticas gerenciais de sucesso, verificarem a importância da capacitação daqueles que se dedicam ao setor e como a medida gera resultados financeiros positivos.



Pastejo Rotacionado consegue até triplicar a produção- E até no âmbito do Rio Rural, programa que procura melhorar a qualidade de vida no campo de forma sustentável, a secretaria incentiva a produção leiteira, através do projeto Pastejo Rotacionado. Com recursos do Banco Mundial, ele beneficia produtores familiares de 48 microbacias hidrográficas dos municípios do Norte/Noroeste fluminense.



Após um ano da implantação, algumas propriedades dobraram e até triplicaram a produção leiteira, como são os casos de uma pequena fazenda da microbacia do Brejo da Piedade, em Quissamã, no Norte Fluminense, no primeiro caso, e de um sítio situado na microbacia Ouro, em Porciúncula, no Noroeste do estado.



O pastejo rotacionado é uma alternativa sustentável à pastagem tradicional (extensiva), reduzindo a área necessária para o gado se alimentar. Como os animais mudam de local diariamente, a forrageira ganha tempo para se recuperar antes do próximo pastejo. Ao mesmo tempo, mantém o gado afastado das áreas de cultivo e de preservação (rios, nascentes e florestas).
Guedes de Freitas/Secom

segunda-feira, 11 de julho de 2011

RIO SUL LEITE/ 2011

RJ: 9º Rio Leite Sul reúne pecuaristas na quarta-feira em Resende




Na próxima quarta-feira (13), acontece em Resende, o 9º Rio Leite Sul, realizado pela secretaria estadual de Agricultura, através da Emater-Rio, e Embrapa Gado de Leite. O evento, que abre a série de encontros com produtores de leite de todo o estado e irá debater técnicas e estratégias visando o aumento da produção leiteira, acontecerá na AMAN – Academia Militar das Agulhas Negras, a partir das 8 horas. As inscrições são gratuitas e terão início às 7h30, no local.



Em sua nona edição, o Rio Leite Sul é o mais antigo do estado. Com uma produção anual de 166 milhões de litros e cerca de 4.200 produtores, a Região Sul ocupa o primeiro lugar no Rio de Janeiro, respondendo por 34% da produção estadual. Entre os municípios, Valença lidera com pouco mais de 37 milhões de litros/ ano.



A série de eventos, que acontece em todas as regiões fluminenses, faz parte da estratégia do governo do estado para promover o fortalecimento do setor e alcançar a meta de dobrar a produção leiteira, atingindo um bilhão de litros até 2015. Atualmente este número está na casa dos 600 milhões de litros anuais.



Para o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo a legislação inovadora isentando de ICMS o leite e derivados produzidos no estado, bem como a criação do Programa Rio Genética, democratizando o acesso à tecnologia genética para a melhoria do rebanho, estão fazendo a diferença e contribuindo para o crescimento do setor.



– Atraídas pelos incentivos, indústrias lácteas de vários portes estão se instalando no estado. O caso da Nestlé, maior empresa de alimentos do mundo, é uma prova do acerto desta política. Após deixar o Rio há alguns anos, iniciou a construção de sua mais nova fábrica em Três Rios – lembrou.



Outros exemplos citados pelo secretário foram a implantação da unidade da Bom Gosto, em Barra Mansa, e a ampliação da fábrica da Parmalat, em Itaperuna, onde a Laticínios Marília, também se instalou.



Durante o 9º Rio Sul Leite, os produtores vão assistir painéis sobre Importância da Reprodução dos Bovinos, Casos de Sucesso na Pecuária de Leite no Estado do Rio de Janeiro, Uso Intensivo de Pastagem, Programa de Monitoria da Qualidade do Leite e Manejo Sanitário do Rebanho.



O segundo encontro da série, o 7º Rio Leite Centro, será realizado em Guapimirim, dia 11 de agosto. Dia 25, do mesmo mês, acontecerá o 8º Rio Leite Serrana, em São Sebastião do Alto. Dia 15 de setembro será a vez do 4º Rio Leite Noroeste, em Santo Antônio de Pádua. Encerrando os eventos em 2011, no dia 22 de setembro, o 4º Rio Leite Norte, em São João da Barra.





Fonte: Governo do Rio de Janeiro

sábado, 9 de julho de 2011

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"AQUECIMENTO GLOBAL NA AMAZÔNIA"

Ação antrópica no desmatamento apenas potencializa e acelera o desastre anunciado. Enquanto o governo brasileiro vacila entre manter a floresta amazônica em pé ou a garantir a expansão das fronteiras agrícolas, uma guerra surda se trava em seus limites e assim vai destruindo um dos mais importantes ecossistemas do planeta e regulador

climático de parte do mundo. Neste turbilhão, os cientistas tentam identificar todos os predadores do que um dia já foi chamado de "inferno verde" e "pulmão do mundo". Entre ambientalistas entrincheirados e um exército armado de motosserra, as mudanças climáticas provenientes do aquecimento global podem dar cabo da Amazônia antes do esperado pelos segmentos que só vêem riscos na implacável devastação antrópica da floresta. A primeira conclusão dos pesquisadores é que existem dois tipos de predadores, os que agem diretamente sobre o meio ambiente natural e os agentes indiretos, ligados diretamente as mudanças climáticas globais. Embora possam ser classificadas em duas estâncias, as degradações se combinam e acabam por se completar. Uma associação que extrapolou o campo das suposições e se apresenta de maneira assustadora. Os estudos científicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ( Inpe) e da Grã-Bretanha apresentaram um cenário futuro da Amazônia no começo deste ano, no Painel Intergovernamental de Mudanças Globais (IPCC). "Neste caso a ação antrópica no desmatamento apenas potencializa e acelera o desastre maior que pode acontecer com as alterações climáticas, mas não será o fator fundamental", explicou o cientista do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), do Inpe, Gilvan Sampaio, integrante da equipe que pesquisou os efeitos do aquecimento sobre a Amazônia. A previsão é que uma série de eventos atinja o complexo amazônico, numa somatória de mudanças do uso da terra, extremos climáticos, megaincêndios e alterações gerais do clima. Essa combinação é denominada de impactos remotos pelos cientistas. "O seqüestro de carbono pelas árvores pode ser tornar inviável no futuro por causa dos altos níveis de dióxido de carbono", observou o cientista do Cptec e membro do IPCC, José Marengo. As pesquisas se concentram agora em saber qual o ponto de saturação das árvores na absorção do carbono e o tempo de regeneração da floresta. A relação entre a emissão dos gases potencializadores do efeito estufa e a capacidade da vegetação seqüestrá-los da atmosfera é uma incógnita. O volume de carbono é tão grande que pode literalmente sufocar as árvores jovens e mesmo as adultas. Entre agosto e outubro de 2005, a Amazônia sentiu os efeitos comentados pelos pesquisadores. Uma avassaladora seca atingiu a região, derrubando o nível de água em 10 metros. Isto foi conseqüência de uma anomalia na Temperatura da Superfície do Mar (TSM) do Oceano Atlântico. O aquecimento da águas do Oceano Atlântico na costa brasileira impediu que entrasse a umidade no continente. Sem esse ar úmido, o regime de chuvas sobre a floresta mudou radicalmente. Teve início uma estiagem até então sem precedentes. Esse bloqueio atmosférico oceânico criou uma corrente descendente de ar quente e seco sobre a região amazônica, que diminuiu os cursos de água, matou milhares de animais e de espécies vegetais. Isto alertou os estudiosos para outras possibilidades. O cientista do Conselho de Pesquisa de Ambiente Natural da Grã-Bretanha, Peter Cox, fez uma simulação do clima sob influência do aquecimento global e viu que na segunda metade deste século a floresta começou a desaparecer, dando lugar a um deserto do tamanho da península arábica. Um desastre inimaginável, inclusive pela liberação maciça de gases de efeito estufa na atmosfera. E o pior: essa simulação não incluiu o desflorestamento feito pelos humanos. O processo de desertificação teve início com a falta de chuvas e o definhamento das árvores. As espécies vegetais, mesmo as mais resistentes, sumiram em questão de poucos anos. Uma extensa área de savana apareceu no lugar da densa e úmida floresta. Porém, o cenário foi se agravando com a ausência total das precipitações, mesmo o capim e os arbustos padeceram no intenso e seco calor. Surgiu então o último estágio de vida no que antes foi a bacia amazônica, uma vegetação de gramínea tomou conta do lugar até sucumbir totalmente. "Antes de se chegar a 2100 cerca de dois terços da floresta tinha sido destruídas e no lugar surgiu um deserto imenso de temperaturas elevadíssimas e totalmente inóspito", destacou Cox. Um quadro irreversível, que levará a uma alteração no regime de chuvas de toda América do Sul, Central e boa parte do América do Norte. O mega El Niño Já seu colega inglês, Mat Collins, do escritório de meteorologia do Hadley Centre, foi mais longe. Ele colocou no modelo climático todas as variáveis possíveis e aumentou os gases do efeito estufa. Surgiu um mega El Niño no Oceano Pacífico e, por conseqüência, a floresta recebeu um volume baixíssimo de chuvas. Neste novo quadro, a anomalia climática - mais freqüente desde a década de 70 - levou o ar úmido do Pacífico a chocar-se com a atmosfera fria da Cordilheira dos Andes. O resultado foi um volume imenso de chuvas no solo arenoso das encostas do deserto de Atacama. Além das enchentes e avalanches no Peru, isto refletiu diretamente nos índices pluviométricos da Amazônia. A região florestal passou a receber uma corrente descente de ar quente e seco, num processo semelhante ao ocorrido no Atlântico em 2005. Porém, o Pacífico é maior em evaporação e vital para o ciclo das chuvas amazônicas. Com essa interrupção, ocorreram secas generalizadas e grandes incêndios, como o de 1998 em Roraima. O fogo destruiria a mata e liberaria toneladas de gases e aerossóis na troposfera, aumentando o calor em todo o planeta. Neste modelo climático de Collins, a Amazônia começou a desaparecer em sua porção mais oriental, alastrando-se para o restante de seu bioma. Ela morreu completamente em 50 anos e toda a região se desertificou. "Há uma chance em seis disto ocorrer, isto não é uma probabilidade muita alta. Mas precisamos saber se estamos dispostos a correr esse risco", questionou o cientista. Outra questão é que o solo da Amazônia é paupérrimo. Isto foi provado pelo cientista Robert Jackson, da Universidade de Duke, nos Estados Unidos. Surpreendentemente, a areia do deserto de Mojave, na Califórnia, tem uma maior biodiversidade em microorganismos duas vezes maior que a terra que alimenta a floresta.

Fonte: Gazeta Mercantil

FEBRE AFTOSA " BEM ESTAR ANIMAL "

Em mês de campanha contra febre aftosa, pecuarista deve garantir o bem-estar dos animais e a segurança dos peões. Em mês de vacinação do gado contra a febre aftosa - a 2ª fase da campanha vai até 30 de novembro -, a adoção de boas práticas de manejo torna-se ainda mais necessária nas fazendas. O manejo racional

reduz perdas de vacinas, evita danos aos equipamentos, como seringas e agulhas, previne acidentes, oferecendo maior segurança aos trabalhadores e garante o bem-estar dos animais. O manejo de vacinação convencional, em que os animais são enfileirados no tronco de contenção coletivo e a vacina é aplicada por cima, deve ser evitado, diz o zootecnista Murilo Henrique Quintiliano, membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal (Grupo Etco), ligado à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp de Jaboticabal (SP). Segundo ele, no sistema convencional, os animais se atropelam, há perdas de vacinas e de equipamentos (agulhas tortas) e o aplicador pode se machucar. Pelo manejo racional, a contenção dos animais é individual. "Fizemos vários experimentos e ficou comprovado que a contenção individual não só reduz os problemas da vacinação convencional como gasta o mesmo tempo", diz. COM CALMA "Deve-se conter o animal da forma mais calma possível. Antes de fechar a pescoceira, deve-se fechar a porteira da frente do tronco de contenção. Depois, abre-se a porta ou janela atrás da pescoceira para aplicar a vacina", ensina. Após a aplicação, ideal é abrir todas as contenções do tronco ao mesmo tempo; se não for possível, elas devem ser abertas de trás para frente: primeiro a porta de trás, depois a pescoceira e, por último, a porta da frente. "Na vacinação, o principal erro é levar um número muito grande de animais para o curral, até superlotar o local", diz. "Isso põe muita pressão no curral, o que favorece a ocorrência de danos às instalações e aumenta o risco de acidentes com funcionários e de animais machucados." O zootecnista diz que o curral, por ser local de passagem, é pequeno e normalmente não tem água. "O animal entra, é manejado e sai." A condução correta do gado do pasto ao curral também faz parte do manejo racional. Deve ser feita com calma e por um ponteiro, vaqueiro que vai à frente dos animais, "como numa toada". Como o curral é pequeno, uma estratégia é usar piquetes em volta para a permanência dos animais. "É péssimo, do ponto de vista do bem-estar, passar a noite no curral", diz. Esses piquetes podem ser ainda mais úteis se o curral for distante do pasto e os animais tiverem que ser deslocados um dia antes da vacinação. "Com o pasto longe, os animais ficam nesses piquetes, daí a importância de planejar bem o manejo." RECOMPENSA Outra dica é recompensar o animal com algum alimento na saída do curral. "A vacinação é uma prática aversiva e o animal associa o curral a algo ruim. Oferecer a recompensa condiciona o boi a associar o curral a algo positivo", diz a zootecnista Luciandra Macedo de Toledo, pesquisadora da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura, e uma das autoras do manual Boas práticas de manejo - Vacinação. Segundo Quintiliano, para condicionar o animal não há necessidade de ficar levando-o ao curral. A idéia é aproveitar o manejo rotineiro do gado para pôr em prática essas estratégias. "E não precisa fornecer uma fartura de alimento; é apenas um agrado", diz Quintiliano. Para o zootecnista, o bom manejo do gado depende, sobretudo, da sensibilidade das pessoas. "Muitas vezes, os funcionários agem sem pensar e não têm a sensibilidade para saber o que animal precisa", avalia. O manejo racional é justamente o contrário. "É agir com conhecimento." O conteúdo do manual pode ser acessado no site do Grupo Etco e também solicitado para entrega, gratuitamente.

Fonte: o Estado de São Paulo

TECNOLOGIA AO ALCANÇE DE TODOS!!!


Tecnologia do sêmen sexado em gado de leite

Nasceram as primeiras bezerras, originadas de sêmen sexado, em propriedades da Agricultura Familiar em Rondônia. A Inseminação Artificial é uma prática bem conhecida entre os agricultores familiares. A novidade é a seleção por sexo do sêmen que vai fecundar as vacas. Esta tecnologia era usada somente por  
grandes fazendas de criação de gado de corte, e agora começa a ser usada também por pequenos criadores familiares. Em Cacoal um grupo de agricultores, produtores de leite e interessados em melhorar a genética do rebanho, vinham inseminando suas vacas de acordo com as orientações do Projeto Inseminar, executado pela EMATER-RO, mas não estavam totalmente satisfeitos por causa do alto índice de nascimento de machos. Em condições normais com monta natural ou Inseminação artificial as crias nascem metade fêmea e metade macho. Os agricultores, que criam gado de leite, no entanto tem mais interesse nas fêmeas, para formar novas matrizes, por essa razão a médica veterinária Maria Celeste Gomes, sugeriu aos associados da Associação Primavera da Linha 11 em Cacoal, a instalação de uma unidade teste para verificar a viabilidade deles passarem a usar sêmen sexado, e dirigir a reprodução só para fêmeas. Sete agricultores aceitaram a proposta e inseminaram 28 animais. A condição estabelecida, por eles e a veterinária, para participar da Unidade Teste era ter Matrizes Leiteiras de boa qualidade genética e submetê-las a exames de Brucelose e Tuberculose. As primeiras reuniões do grupo foi em novembro de 2006, depois de selecionadas as matrizes e feitos os exames, no inicio do mês de fevereiro começaram as inseminações.Muita gente não acreditava na possibilidade da escolha do sexo ainda no sêmen, mas com o nascimento das três primeiras crias as duvidas estão desaparecendo e os agricultores acompanham com muita atenção cada nascimento para conferir o resultado.As bezerras nasceram nas propriedades dos agricultores Nildo Pereira de Araújo, Edson Baldo e Venâncio Rocha.Pelos dados preliminares a tecnologia se mostra viável, no entanto os técnicos dizem que ainda carece de uma analise sobre a relação de custo e beneficio.



Fonte: Emater - RO





POMAR !!!




EXECUÇÃO DE POMAR



A implantação de um pomar exige técnica e dedicação, especialmente no cultivo das árvores.

A primeira questão é a escolha do local dentro do terreno, o que se torna ainda mais importante se a execução do pomar for feita junto com a construção da casa: o local deve estar livre do trânsito da obra e máquinas. Se a obra tiver duração curta (até 1 ano), provavelmente não vale a pena fazer o plantio das árvores antes do seu término; em obras mais demoradas, dois a três anos já são suficientes para que grande parte das árvores plantadas no início da construção comece a dar frutos. Um ponto importante é a irrigação durante a execução do pomar, o que requer providências para que não falte água.

Em relação à localização no terreno, as árvores frutíferas preferem a face Norte ou, caso isso não seja possível, a Nordeste, pois quanto maior o sol recebido, mais doces serão os frutos. Uma maneira de garantir boa insolação a todas as árvores é dispor as maiores (abacateiros, jaqueiras e mangueiras) ao fundo, as médias (laranjeiras, goiabeiras e carambolas) no meio e as pequenas (mamoeiro, figueira e bananeira) à frente, impedindo assim que uma faça sombra à outra.

Vale lembrar que as árvores frutíferas não suportam ventos fortes. Uma boa opção para atenuá-los é a colocação de cercas vivas, utilizando-se árvores como a amoreira, cedrinho e grevilha, entre outras, que devem ficar a uma distância aproximada de 4 metros do pomar, com espaçamento de 2 metros entre elas. Também alguns arbustos, como o hibisco, o buxinho e o bambu, podem ser utilizados com essa mesma finalidade.

Outro aspecto importante a considerar é o clima da região. O Nordeste brasileiro favorece o cultivo de frutas exóticas, como o caju, a manga, a fruta-do-conde e a jaca, enquanto o Sul e o Sudeste são mais propícios às frutas cítricas, como laranja e limão, ou temperadas, como pera, maçã, figo, caqui e pêssego. Algumas espécies, tais como abacate, acerola, banana, goiaba, jatoticaba, mamão, maracujá, e mesmo laranja e limão, adaptam-se bem a qualquer clima.

Para preparar o solo, é preciso, antes de tudo, medir o pH: o ideal é quando ele se aproxima de 7. Para corrigir a acidez (pH baixo), pode-se usar calcário dolomítico; já os solos muito alcalinos exigem sulfato de ferro. Para enriquecer a terra, os tradicionais estercos e húmus de minhoca são bons. O equilíbrio perfeito é atingido com o composto NPK (N de nitrogênio, responsável pelo crescimento do vegetal; P de fósforo, que fortalece raízes e facilita a frutificação; e K de potássio, controlador do balanço hídrico da planta), que pode ser adquirido em lojas de jardinagem e deve ser aplicado a cada dois meses.

Para melhorar a qualidade das mudas, é possível enxertá-las, processo de multiplicação vegetativa que consiste na união de duas plantas diferentes de um mesmo gênero com o objetivo de torná-las apenas uma, de melhor qualidade, garantindo que as espécies tenham mais vigor e aumentem sua produção, além de ser uma alternativa para cultivar plantas de difícil enraizamento. A espécie mais fraca, chamada cavaleiro ou enxerto, terá uma ou mais borbulhas (broto ou gema) fixadas no caule da mais resistente, chamada cavalo ou porta-enxerto. A enxertia deve ser feita na primavera, mas nunca quando as plantas estiverem dando flores ou frutos, e nem em dias de chuva.

Quanto à poda, os tipos mais comuns são o desbaste lateral, em que corta-se os galhos velhos ou doentes nas laterais, favorecendo um crescimento na vertical, e a poda nas extermidades, acarretando um crescimento lateral, dando à árvore uma aspecto mais arredondado. Em ambos os casos, as podas são executadas com tesouras ou serrotes, sendo preferível executá-las no inverno, quando o metabolismo da planta é mais baixo.

Na irrigação, é importante não deixar a terra nem muito seca, nem muito úmida; o ideal é regá-la todos os dias, quando estiver muito calor, e a cada dois dias durante o inverno.

A tabela abaixo mostra qual a época mais recomendada para o plantio de cada fruta, quanto tempo cada uma precisa para dar frutos e o número de safras por ano, sempre lembrando que as variações climáticas e as diferentes espécies podem alterar para mais ou para menos o tempo da colheita.



FRUTA GÊNERO ÉPOCA DE PLANTIO TEMPO ATÉ FRUTIFICAR SAFRAS/ ANO ALTURA DA MUDA (cm) ALTURA DA ÁRVORE (m) DISTÂNCIA ENTRE MUDAS (m)

Abacate * Persea início das chuvas 3 anos 1 20 a 30 7 a 10 10 x 10

Abacaxi Ananas ano todo 18 a 24 meses ano todo 40 1 2 x 2

Acerola Malpighia início das chuvas 3 anos 1 40 1,80 a 2,10 6 x 4

Ameixa Prunus inverno 4 anos 1 80 3 a 5 6 x 6

Amora Morus início das chuvas 2 anos 1 30 3 a 5 4 x 4

Banana Musa início das chuvas 12 a 18 meses ano todo 40 a 60 2 a 3 4 x 4

Caju Anacardium início das chuvas 3 anos 1 20 7 a 10 10 x 10

Caqui Diospyros início das chuvas 4 anos 1 80 5 a 7 6 x 6

Carambola Averrhoa início das chuvas 3 anos 1 30 5 a 7 3 x 4

Figo Ficus inverno 2 anos 1 80 3 a 5 3 x 3

Framboesa Rubus inverno 1 ano 1 40 3 a 5 2 x 0,4

Fruta-do-conde Annora início das chuvas 4 anos 1 20 3 a 5 4 x 4

Goiaba Psidium início das chuvas 3 anos 1 20 a 30 3 a 5 6 x 6

Jaboticaba Myrciaria estação chuvosa 3 anos 2 20 **** 5 a 7 6 x 6

Jaca Artocarpus estação chuvosa 5 anos 1 20 7 a 10 10 x 10

Kiwi * Actinidia inverno 4 anos 1 20 5 a 7 6 x 6

Laranja Citrus estação chuvosa 3 anos 1 80 3 7 x 7

Lichia Litchi inverno 4 anos 1 50 2 a 3 10 x 8

Lima Citrus estação chuvosa 3 anos 1 80 3 7 x 7

Limão Citrus estação chuvosa 3 anos 1 80 3 7 x 7

Maçã Malus inverno 3 anos 1 80 3 a 5 5 x 5

Mamão * Carica ano todo 10 a 15 meses ano todo 15 a 30 3 a 5 3 x 3

Manga Mangifera estação chuvosa 4 anos 1 100 7 a 10 10 x 10

Maracujá ** Passiflora ano todo 1 ano 1 20 caramanchão 3 x 5

Melancia Citrullus ano todo *** 85 a 105 dias 2 20 rasteira 1 x 1

Melão Cucumis ano todo *** 80 a 90 dias 2 20 rasteira 1 x 1

Morango Fragaria fevereiro a maio 60 a 80 dias 2 20 rasteira 0,5 x 0,5

Néctarina Prunus inverno 3 a 4 anos 1 80 3 a 5 6 x 6

Nêspera Eriobotrya inverno 3 a 4 anos 1 50 5 a 7 6 x 6

Pera Pirus inverno 5 anos 1 80 3 a 5 6 x 6

Pêssego Prunus inverno 3 anos 1 80 3 a 5 6 x 6

Pitanga Stenocalyx estação chuvosa 3 anos 2 40 3 a 5 4 x 4

Romã Punica estação chuvosa 3 anos 1 20 3 a 5 5 x 5

Tangerina Citrus estação chuvosa 3 anos 1 80 3 6 x 6

Uva Vittis inverno 3 anos 1 70 a 80 caramanchão 2 x 3

* árvores que exigem a plantação de uma muda macho e uma fêmea para dar frutos

** maracujá, do tipo trepadeira, cultivada em caramanchão

*** em regiões de inverno rigoroso, devem ser plantados entre os meses de agosto e novembro

**** ou 1,80m (muda com cerca de 10 anos)

Obs.: Na região Nordeste, a maior incidência de chuvas ocorre durante os meses de julho e agosto





Fonte: Revista Arquitetura & Construção

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